Iniciando as agendas da manhã de hoje, o deputado estadual Zé Neto (PT) esteve reunido com os comerciantes e representantes do artesanato do Centro de Abastecimento de Feira; com Luiz Mercês, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL); e com Marcelo Alexandrino, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira (Acefs), para discutir sobre a construção do novo Shopping Popular no Centro de Abastecimento da cidade.
"Se me perguntarem se a solução para resolver o problema do comércio é a construção de um shopping popular ou de uma Cidade das Compras, como eles agora estão chamando, eu, pessoalmente, acho que não seria essa a solução. Mas essa é a saída dada pelo poder público municipal, que foi eleito para isso e, portanto, o que posso dizer é que trabalharei para minimizar os efeitos e adequar essa proposição aos interesses do município, tanto do comércio do centro da cidade como também dos representantes do setor de artesanato do Centro de Abastecimento, que precisam conhecer melhor o projeto e opinar sobre ele", disse o líder do Governo na Assembleia Legislativa.
A reunião de hoje serviu para fazer com que, tanto a CDL quanto a Associação Comercial, junto aos representantes do Centro de Abastecimento, especialmente do setor de artesanato, tenham condição de entender como vai funcionar essa Cidade das Compras e como vai ser o preço das lojas, tamanho, mix, logística; como vai se dar a integração entre o Centro de Abastecimento; e como vai se dar também a obra, na parte de relocação provisória desses comerciantes.
Situações que precisam ser conhecidas, inclusive também para que esse conhecimento chegue ao Ministério Público e ao próprio IPAC, que já oficiou essa semana o município sobre o cumprimento das regras de preservação cultural, já que aquela área foi reconhecida pelo órgão máximo da cultura do Estado como área de preservação e de identidade cultural.
É preciso que isso seja visto, refletido e respeitado e esse é o nosso objetivo. Se o projeto está aí e vai ser construído numa área pública super valiosa, inclusive com R$ 13 milhões de contrapartida do município para a empresa responsável, esse empreendimento tem que servir ao público. "A gente vai trabalhar para que isso seja adequado e tenha o propósito de chegar ao seu fim atendendo aos interesses tanto dos comerciantes do Centro de Abastecimento quanto aos comerciantes do centro da cidade. Chamo a atenção, por fim, para o fato de que corre, nos corredores da cidade, a especulação de que empresários chineses estão por trás desse empreendimento e estão querendo construir ali um grande espaço e um grande mix voltado a eletrônicos e outros produtos oriundos da China, o que pode criar um processo de competitividade desleal para o próprio comércio formal da cidade", disse Zé Neto.
Isso tem que ser visto para que haja garantia de que esse empreendimento possa atender, especialmente, aos comerciantes e representantes do comércio tanto do Centro de Abastecimento quanto do centro da cidade de Feira de Santana, e não servir a interesses espúrios ou apenas comerciais, sem analisar que o que o poder público municipal está ocupando é um bem público, de interesse público, que deve atender ao público de Feira de Santana.