Bahia tem plano de contigncia para enfrentamento da gripe suna

O estado apresenta plano de contingência para o vírus da gripe suína desde 2007, quando se disseminou a gripe aviária

Não há motivo para pânico com relação à gripe suína. A Bahia, assim como o Brasil, não são áreas de risco da doença, que tem casos registrados principalmente no México e Estados Unidos. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), está cumprindo todas as recomendações e protocolo do Ministério da Saúde e todas as medidas foram tomadas no atendimento ao único paciente suspeito, que se encontra internado na área de isolamento do Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM). A Bahia tem plano de contingência para o vírus Influenza (vírus da gripe) desde 2007, quando se disseminou a gripe aviária.
Dados como a origem de voos e navios e estado de saúde dos passageiros e distribuição de material informativo foram discutidos durante encontro entre representantes das secretarias de Saúde, Turismo, Casa Civil e Comunicação, da Vigilância Sanitária, Infraero e da Codeba.
Segundo o secretário de Saúde, Jorge Solla, todas as medidas contidas no plano de contingência para evitar a entrada de pessoas com gripe suína são realizadas em conjunto com os órgãos do governo federal, como Infraero, Codeba e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Solla explicou que os passageiros de voos vindos das áreas de risco, como Estados Unidos, México e Canadá, são abordados pelos técnicos da Anvisa para verificar se há alguém que apresente sintomas da influenza. Caso haja alguma suspeita, o passageiro imediatamente é transferido para o Hospital Octávio Mangabeira, unidade de referência em influenza humana. Na unidade hospitalar, são realizados os exames para detecção da doença. Enquanto é examinado, o paciente permanece isolado até o resultado final. Caso a gripe suína seja descartada, a pessoa é liberada.
A população também recebe informações por meio de folders educativos em português, inglês e espanhol sobre os sintomas da gripe, medidas e proteção e higiene, além de orientações sobre quais os procedimentos para acionar o Samu, em casos de suspeita da doença.
O primeiro caso suspeito na Bahia foi detectado na última segunda-feira (27), quando o agente de viagem Alexandre Magno, de 40 anos, foi internado no Hospital Octávio Mangabeira, após apresentar inflamação na garganta e febre. Ele esteve em Boston (EUA) e chegou ao Brasil já com os sintomas. “Acreditamos que esteja descartada a doença nesse paciente já que o seu estado clínico está evoluindo”, acredita Solla.
Medidas de combate à influenza
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está monitorando voos provenientes do México, Canadá, Espanha, Reino Unido e Nova Zelândia, áreas afetadas por casos de influenza suína em humanos. As empresas aéreas são obrigadas a veicular informes sonoros a bordo de todas as aeronaves vindas de áreas afetadas.
As ações de controle sanitário nos portos também foram intensificadas. As embarcações que apresentarem casos suspeitos identificados a bordo, receberão o documento de Livre Prática (obrigatório para a entrada da embarcação no porto) a bordo da embarcação, após a inspeção física realizada em fundeio ou área designada. Os comandantes das embarcações devem estar cientes à ocorrência de sinais e sintomas compatíveis com o quadro de gripe suína, a bordo da embarcação, e informar à autoridade sanitária, de forma a permitir que as ações de controle sejam executadas oportunamente.

OMS alerta para pandemia
A Organização Mundial da Saúde elevou o nível de alerta de pandemia (epidemia de alcance mundial) de gripe de 4 para 5 (numa escala até 6), por conta da ameaça da gripe suína iniciada no México. A influenza já matou oito pessoas e contaminou 114 em 11 países de quatro continentes e dá sinais de estar se espalhando pelo mundo. A fase 5, ocorre quando a pandemia é iminente.
No Brasil, há 36 casos de suspeita da doença, porém segundo o Ministério da Saúde, não há confirmação da doença no país. Além da Bahia, há pacientes sendo monitorados no Amazonas, São Paulo, Espirito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
Entre as providências adotadas pelo Ministério da Saúde estão:
* Disque Saúde (0800 61 1997), com profissionais orientados para esclarecimentos sobre a doença
* Comunicados na televisão, jornal e rádio em todo o Brasil
* Criação de página específica sobre a doença na internet, com link no portal www.saúde.gov.br
* Confecção de 300 mil panfletos trilíngues (português, inglês e espanhol) com distribuição nos aeroportos de todo o País
* Veiculação, nos sistemas de som e TV dos aeroportos sobre os sintomas da doença e os procedimentos que devem ser adotados pelos passageiros
* Orientação às tripulações das aeronaves de voos internacionais para que informem os passageiros sobre sinais e sintomas da influenza suína
* Colocação de link no site de pesquisa Google para que as buscas sobre o tema tenham a página do Ministério no topo da lista de resultados.
Gripe suína
É uma doença respiratória que começa em criadores de porcos, um vírus gripal do tipo A que pode se propagar rapidamente. A transmissão começa, em geral, por meio de pessoas que estejam em contato com esses animais. Os sintomas são similares ao da gripe comum, porém mais agudos. Segundo o Ministério da Saúde, é comum o paciente apresentar febre acima de 38 graus, acompanhada de problemas como tosse e dores de cabeça, nos músculos e nas articulações.
O agente causador da doença é o vírus influenza. Assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suínos, humanos e aviários. Os porcos tornam-se, então, como que tubos de ensaio, que combinam e favorecem o aparecimento de novos tipos de vírus. Esses vírus híbridos podem provocar o aparecimento de um novo tipo de gripe, tão agressivo como o da gripe aviária e tão transmissível como o da gripe humana.
A gripe de origem suína não é contraída pela ingestão de carne de porco, mas por via aérea, de pessoa para pessoa. Isso porque, de acordo com os Centros de Controle de Enfermidades dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), a temperatura de cozimento (71º Celsius) destrói os vírus e as bactérias presentes na carne de gado suíno.
Drogas antivirais podem ser usadas no tratamento e na prevenção. Sua atuação consiste em impedir que o vírus da gripe suína se reproduza dentro do corpo humano. A eficácia do tratamento será maior se ele for iniciado até dois dias após os primeiros sintomas.
Fontes: Sesab e Governo Federal

 

 

 



 

 

 

 

 

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