Nessa quinta pela manhã (23/07), reencontrei o Jornalista Zé Coió na sede do Jornal Noite & Dia, e tive a alegria de vê-lo com saúde e muita disposição. No auge dos seus 83 anos de idade, 40 deles dedicados ao jornalismo, em plena atividade, e mantendo um jornal semanal que traz suculentas histórias, resenhas e memórias da nossa Princesa do Sertão. Na ocasião, reencontrei também um quadro que presentei a ele quando o mesmo completou 70 anos. É um poema, de minha autoria, que retrata esse Guerreiro “feirense da gema”, as vezes polêmico, que merece de nós o todo respeito. Dom Coió... Veja, abaixo, a nossa homenagem, inspirada em Dom Quixote, dedicada aos 70 anos dessa figura: Dom Coió de la Feira,
Um cavalheiro sem as aspas,
Nem partido político, tampouco belos anéis...
Com sua caneta em punho, resenha afiada,
Vai enfrentando os moinhos do esquecimento,
Perpassando ponto a ponto,
Em desenhos do cotidiano,
Seu bordado nesta Feira de poeira e gado,
Cheiro de água e manhãs sonoras,
Onde ainda ecoa os cantos de Noratinho,
Os acordes e sopros dos bandos anunciadores
De uma terra de ambulantes e vaqueiros
E esperançosos migrantes que não se rendem,
Nem quer seu destino entregue aos painés sintéticos
De uma modernidade sem alma e sem bate papo.
Salve Dom Coió,
Que ensinou Nengo a driblar.
Herdeiro dos jardins de São Gonçalo,
Que Noite & Dia com seus casos sem acasos
Apaixonadamente vai motivando os amigos
E todos aos seu redor
À entenderem mais ainda que o melhor na vida
É não ver o tempo passar, fazendo o que gosta,
Tatuando nas palavras e modais de linguagem a própria marca,
A própria mágica.
Cá, cá, cá pra você caro amigo em sua “setentagem” de menino!