Ex- diretor da Sucab alega que desconhece os serviços executados pela Silveira Emprendendimentos na Fábrica do Programa Nossa Sopa
O sr. Vanderlito Seixas, ex- diretor de planejamento da Sucab, depôs hoje, quarta-feira (13), na CPI da Assembléia Legislativa que investiga irregularidades na Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), contradizendo o que afirmou o sócio da empreteira Silveira Emprendendimentos em depoimento anterior, no que se refere a justificativa para a realização de obras no Programa Nossa Sopa.
Em 2002 a Sucab firmou contrato com a Axxo Construtora para execução de reformas e adaptação para implantação da Unidade Produtora de Alimentos (Nossa Sopa) com valor inicial de R$ 2.990.781,17 e prazo de 180 dias. O valor final pago a Axxo foi de R$ 4.381.900,16, cerca de 47% a mais previsto no contrato e a obra durou mais 515 dias a mais, ou seja 695 dias totais.
O ex - diretor afirmou que o contrato foi cumprido na íntegra com a entrega da obra concluída em 12 de junho de 2004, sendo inaugurada seis meses depois, em dezembro do mesmo ano. Segundo ele, os aditivos no contrato que alongaram o prazo de entrega e aumentaram o valor total da obra estão todos previstos em lei.
Vanderlito salientou que desconhece os serviços de reparação efetivados pela Silveira Empreendimentos após a entrega da obra, já que entre o período de entrega (12/06/04) e de inauguração (09/12/04), a Sucab não recebeu nenhuma solicitação de reparo ou de necessidade de novos serviços no prédio, o que pressupõe que a inexistência da necessidade de reparções.
Essa afirmação vai de encontro a versão da Silveira Emprendendimentos, que para a realização da obra alegou a falta de qualidade nos serviços ou a não execução. Assim, a Empreiteira recebeu R$ 2,6 milhões para efetuar serviços de reparos e complementações de engenharia para possibilitar o funcionamento da fábrica.
O relator da CPI, deputado José Neto, reiterou a solicitação feita no dia 16 de maio à Sucab, para a entrega de planilhas e relatórios das obras no Nossa Sopa. “O depoimento de hoje deixa ainda mais claro que tem muita coisa mal contada na obra de reforma do prédio Nossa Sopa, que custou cerca de 7 milhões aos cofres do estado e isso nós temos que apurar”, afirmou o relator.