I Feira de Economia Feminista e Solidria lanada na Bahia

A Feira acontece até domingo com exposição e comercialização de produtos das mulheres rurais de 50 municípios baianos

O governador Jaques Wagner, acompanhado pela primeira-dama Fátima Mendonça, abriu oficialmente a I Feira Estadual de Economia Feminista e Solidária, nesta sexta-feira (21), no Jardim dos Namorados, em Salvador. A Feira foi a terceira realizada pelo Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais (POPMR), criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. O deputado estadual Zé Neto participou do evento, juntamente com o ministro de Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel; a ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire; o secretário de Agricultura do Estado, Roberto Muniz e o secretário de Relações Intitucionais, Rui Costa.
O evento foi aberto pelo Samba das Moças, grupo cultural de samba de roda e partido alto, composto exclusivamente de mulheres. O objetivo da Feira foi ampliar a visibilidade da produção econômica das mulheres e proporcionar espaços de comercialização e troca de experiências.
133 grupos produtivos de mulheres rurais e urbanas representaram 50 municípios dos Territórios Semiárido Nordeste II, Sisal, Irecê, Velho Chico e Chapada Diamantina. 62% das expositoras já tem acesso a políticas públicas do governo Federal. Representantes das trabalhadoras rurais falaram da importância de ter uma documentação, que possibilita permissão ao crédito e posse do título da terra. Para a coordenadora das mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmem Foro, a luta e a organização das mulheres as tiraram da invisibilidade. “A nossa vez chegou e temos que continuar lutando. Quero convocar todas as mulheres desse país a uma mobilização, pois um dia seremos livres. Muito livres”, afirmou.
Wagner destacou a igualdade de direitos entre homens e mulheres afirmando que a feira recebe o nome de feminista e não feminina, “porque é uma homenagem a todos os movimentos feministas que colaboraram para o alcance dos direitos iguais”.
A ministra Nilcéia Freire elogiou as ações que tem sido realizadas para efetivar a cidadania e os direitos econômicos, principalmente das mulheres agricultoras. Para ela o evento foi uma congratulação às mulheres donas da própria vida e, também, uma oportunidade de chamar atenção para a violência contra a mulher. “Durante muitos anos, o que era produzido pelas mulheres não era reconhecido e não tinha uma forma que caracterizasse o trabalho da mulher como movimento da economia do Brasil. Através da ampliação do crédito, do programa de documentação, essa produção se torna possível e as mulheres ganham autonomia e possibilidade de construir seu destino”, explicou.
Para o deputado Zé Neto, “As mulheres, que antes eram sacrificadas, agora tem do governo Lula e do governo Wagner a atenção que merecem, sendo vistas com a dimensão econômica devida e podendo contribuir para ampliar a produção no campo, especialmente, e na cidade. Essa realidade muda a história de mulheres e também de homens, por todo canto”.
No evento, o superintendente regional do Banco do Nordeste, Nilo Meira Filho, assinou, junto com moradoras da zona rural de Cícero Dantas, a liberação do crédito rural de financiamento do Pronaf Mulher. Foi assinada também a Cédula de Produto Rural, na modalidade doação, que garante o donativo a mais de 1.500 famílias do programa Bolsa Família.
Os visitantes da Feira podem adquirir hortaliças orgânicas, derivados lácteos, doces em compota, cocadas, frutas beneficiadas, bebidas e comidas típicas. A Feira está aberta à visitação gratuita até às 22h do próximo domingo (23).

Margarida Maria Alves
A Feira de Economia Feminista e Solidária prestou uma homenagem à Margarida Maria Alves, líder sindical dos trabalhadores rurais de Alagoa Grande – PR. Ela lutou pela educação, reforma agrária e direitos trabalhistas dos agricultores, como carteira de trabalho assinada, 13° salário, jornada de trabalho de 8 horas diárias e férias. Margarida foi assassinada em 12 de agosto de 1983 e se tornou, desde então, símbolo da luta dos trabalhadores rurais. È de sua autoria a frase “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.

Acesse nossa galeria de fotos e confira as imagens da Feira.

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