Na manhã do último domingo, dia 15 de julho, Feira de Santana comemorou com sucesso o retorno do desfile do Bando Anunciador da Festa de Sant'ana. O evento superou as expectativas, afirmou o deputado estadual Zé Neto (PT/BA) que marcou presença no retorno de um dos eventos mais tradicionais da região. “Evento como esse que resgata a cultura e traz mais alegria ao nosso povo deve ser realizado todo ano. A tradição não pode acabar”, ressaltou o deputado, que se divertiu durante todo o trajeto do desfile.
O resgate histórico é uma iniciativa da UEFS, através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). O desfile saiu da rua Conselheiro Franco, em frente ao Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), e logo após percorreu pelas ruas Marechal Deodoro e Beco do Mocó, terminando na praça da Matriz, onde houve uma apresentação dos cantores Beto Pitombo, Dionorina, Celiah Zaiin e Dilma Ferreira.
O bando formado por pessoas de várias idades, grupos folclóricos, teatrais e de capoeira, conseguiu reunir centenas de pessoas que se divertiram ao som da banda filarmônica Barbeiro de Bonfim. Os participantes puderam matar a saudade das marchinhas, bandas filarmônicas e outras manifestações espontâneas que marcaram o retorno do Bando Anunciador.
A comunidade acompanhou o Bando Anunciado ao lado de políticos, artistas, professores, funcionários e alunos da universidade. Também prestigiaram a iniciativa o magnífico reitor da UEFS, Zé Carlos, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, Ildes Ferreira e o vereador Marialvo Barreto.
Depois do sucesso do cortejo, a coordenação do evento espera que a tradição continue e, que nos próximos anos compareça um número maior de pessoas às ruas para prestigiarem essa importante manifestação folclórica.
História
Extinto há mais de 20 anos, o Bando Anunciador era, na verdade, um grupo de pessoas de vários bairros que saía pelas ruas da cidade, acompanhado de bandas de música. O objetivo era anunciar o início da Festa de Santana, Padroeira do município, ocorrida no mês de janeiro.
O grupo saía sempre aos domingos e na madrugada do dia da festa, anunciando a procissão. O destino final era a Catedral Metropolitana da cidade. Lá, eles tomavam posse do coreto e começavam mais uma festa.
Na década de 80, o então bispo da cidade, Dom Silvério Albuquerque, acabou com a parte profana da festa, onde tinha a lavagem da lenha, as barracas de bebidas, comidas e muita dança, mantendo-se apenas a parte religiosa da festa.