Ex-secretária de Omar Britto diz que já viu José Gomes no cotidiano da Ebal, porém, ele afirmou que só comparecia em momentos festivos.
Na manhã do dia 18 de julho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa da Bahia que investiga irregularidades na Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) ouviu na condição de testemunha a senhora Jeovacy Dias, ex-secretária do ex-presidente da Ebal, Omar Britto.
De acordo com o depoimento da ex-secretária, o funcionamento da Ebal seguia rigidamente seu regimento interno, e cada setor cumpria suas funções obedecendo a hierarquia existente, motivo pelo qual se disse surpresa ao tomar conhecimento das denúncias envolvendo a empresa. A declaração contradiz depoimentos anteriores, quando ficou evidente a falta de transparência nas relações com os prestadores de serviços e o descontrole normativo no que diz respeito ao regimento interno, bem como a fiscalização dos contratos entre a Ebal e a OAF.
A ex-secretaria afirmou que apesar de prestar serviço durante 8 anos ao dr. Omar Britto, desconhece as possíveis relações pessoais entre os empreiteiros envolvidos (da Construtora Comasa e da Silveira Empreendimentos) e o ex-presidente.
Os membros da CPI definiram que não ouvirão depoentes na próxima reunião (25), a fim de se reunirem internamente para definir os rumos da investigação. Ainda irão depor Fernando Barros, da agência Propeg, Arnaldo Gusmão, proprietário da Construtora Axxo, Alexandre Galvão, ex-gerente de compras da Ebal e José Mário Galvão, ex-diretor de operações da mesma empresa.
O relator da CPI da Ebal, deputado José Neto, declarou que a CPI ainda precisa investigar prováveis irregularidades nas contratações de transporte para fretes, na compra de mercadorias para revenda nas lojas da Cesta do Povo e os gastos com publicidade e propaganda da empresa na gestão passada. Além disso, afirmou que a CPI deve adotar uma linha de atuação que não aponte apenas os entes públicos envolvidos nas denúncias, mas também os privados.