Em novembro de 2009, a produção industrial da Bahia avançou 3,9% em relação a outubro do mesmo ano, registrando a quarta taxa positiva consecutiva. Em relação a novembro de 2008, a taxa é de 4,0%. O resultado da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, sinaliza claramente um processo de recuperação da atividade industrial.
“Essa tendência pode ser observada pela variação acumulada no ano, que vem apresentando taxas de retração menores a cada mês, registrando a menor retração de 2009 nessa base de comparação em novembro, com -7,0%”, explica Luiz Mário Vieira, coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI.
No confronto novembro 09/outubro 09, na série ajustada sazonalmente, a taxa de 3,9% foi influenciada fortemente pelo desempenho do setor de refino de petróleo e produção de álcool, que expandiu 15,2%. Depois deste, o setor que mais cresceu no mês foi a metalurgia básica, com 5,5%. O maior impacto negativo foi dos produtos químicos (-4,4%).
No indicador mensal, a expansão de 4,0% foi reflexo de taxas positivas em seis dos nove setores pesquisados. As duas principais influências positivas vieram das atividades de maior peso na indústria baiana: refino de petróleo e produção de álcool (8,6%) e produtos químicos (5,3%), devido, respectivamente, ao aumento na produção de óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva; adubos ou fertilizantes e polipropileno.
Destacaram-se, também, celulose e papel (8,8%) e veículos (40,0%), com os incrementos nas produções de celulose e automóveis. As duas únicas contribuições negativas vieram de metalurgia básica (-17,2%) e borracha e plástico (-2,9%). Por outro lado, o principal impacto negativo foi observado em metalurgia básica (-17,2%) e borracha e plástico (-2,9%).
“É importante salientar a recuperação do setor automotivo, que, no último trimestre de 2008, reduziu drasticamente sua produção diante da crise financeira, registrando agora uma expressiva recuperação de 40% em relação a novembro de 2008. O setor vai continuar com fortes taxas de expansão nos próximos meses diante da base de comparação deprimida e pela própria expansão do mercado interno”, diz Vieira.
No acumulado do ano, período de janeiro a novembro, frente a igual período de 2008, a indústria baiana recuou 7,0%, com queda na produção em sete dos nove setores investigados. A indústria de transformação apresenta variação negativa de 7,1% no período. Refino de petróleo e produção de álcool (-15,9%), metalurgia básica (-19,0%) e produtos químicos (-3,8%) foram os que mais contribuíram para o resultado negativo. Por outro lado, as contribuições positivas vieram dos segmentos de minerais não-metálicos (8,4%) e alimentos e bebidas (1,1%).
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