Manifestantes marcham para a capital baiana para reivindicar recuperação de casas em assentamentos e construção de novas moradias, dentre outras demandas
Com o tema “Lutar não é Crime”, líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), organizaram uma marcha que propõe uma série de solicitações. O objetivo maior é o de reivindicar a recuperação das casas dos assentamentos baianos e construção de novas moradias, aquisição de terras para as 25 mil famílias espalhadas em toda a Bahia, garantia de crédito para investimento na agricultura familiar, regulamentação de licença ambiental para o plantio e a criação de animais para a subsistência dos assentados e a construção de escolas onde houver um acampamento do Movimento Sem Terra.
Para um melhor entendimento, uma comissão formada pelos líderes do MST vai se reunir com os representantes das instituições envolvidas, Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e Seagri (Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária), para a resolução das reivindicações feitas pelo MST, que serão discutidas na Justiça Federal, em Salvador.
Outro importante fator em pauta é cobrar da Justiça Federal uma solução definitiva para o massacre ocorrido em Eldorado dos Carajás (sul do Pará), em abril de 1997, quando 19 sem-terra foram brutalmente assassinados. “O Governo da Bahia tem condições de legalizar as terras baianas, sendo que existem 30 áreas mapeadas dentro do projeto de reforma agrária que podem ser liberadas imediatamente para os assentados. Infelizmente, o judiciário até hoje não aprovou a liberação dessas terras”, conclui Luís Carlos Ferreira, diretor estadual do MST.