Levantar dados para montar um ponto estratégico de ação a fim de ampliar a produção leiteira no estado foi uma das prioridades do encontro
Dando continuidade ao diálogo que visa promover o fortalecimento da produção leiteira na Bahia, na manhã desta quarta-feira (14), componentes da Câmara Setorial do Leite voltaram a se reunir nas instalações da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). Este foi um momento para discutir e avaliar o ambiente interno e externo da Cadeia Produtiva do Leite a fim de traçar estratégias para ampliar a capacidade produtiva no estado.
Levantar os dados para montar um ponto estratégico de ação foi outra prioridade do encontro, onde foram pontuados e avaliados os principais pontos fortes, fracos e oportunidades dentro dos portões da Cadeia do Leite.
Ao avaliar o ambiente interno, a elevada capacidade industrial instalada, já que os 70% de ociosidade implica em espaço para expansão da capacidade produtiva; o alto controle sanitário do rebanho, através dos programas de combate a aftosa e brucelose, por exemplo, e o grande mercado consumidor e em expansão, foram considerados pontos positivos para o setor.
Como pontos frágeis, os componentes da Câmara sublinharam, dentre outros, o reduzido número de técnicos disponíveis para a quantidade de famílias que se dedicam a esta atividade e baixa difusão de tecnologia; pouca integração entre os elos da cadeia produtiva; baixa produtividade do rebanho leiteiro, já que a Bahia ocupa o vigésimo terceiro lugar em produtividade, sendo o terceiro maior rebanho leiteiro do país; baixo rendimento industrial e baixa qualificação da mão-de-obra na produção e industrialização.
A respeito das oportunidades que se mostram para o segmento, foi destacada a existência de programas governamentais para compra de leite, como o programa de aquisição de alimentos e merenda escolar, o que viabiliza o escoamento da produção; o aumento na demanda interna e externa para leite e derivados através da melhora na renda familiar, o que promove o aumento do consumo do leite e derivados, e a qualificação dos produtos lácteos através da certificação oficial, o que garante a qualidade e a competitividade na produção.
De acordo com o técnico em Defesa Agropecuária e superintendente de Políticas do Agronegócio da Secretaria de Agricultura (Seagri), Raimundo Sampaio, independente de questões partidárias, o Governo Estadual tem buscado meios para colocar a Bahia em outro patamar através da organização dos produtores, guarnecimento da produção e preocupação com o consumidor final.
“O que estamos traçando e executando agora em termo de agropecuária fica para os próximos governos, já que este é um plano de Estado. Este fórum de diálogo permanente serve para estruturar o planejamento e, o melhor, ele dá abertura aos movimentos sociais e a diversos órgãos interessados”, avaliou o superintendente.
Ajudando a planejar a produção do leite, um dos itens básicos na alimentação, o deputado estadual Zé Neto - interlocutor direto entre os produtores, a Câmara Setorial e o Governo Wagner - falou sobre a compra institucionalizada do leite e de seus derivados e do respeito às características de cada região. “O Programa Nacional de Alimentação Escolar, do Governo Federal, está aberto para o escoamento do produto. Precisamos qualificar a mão de obra e melhor aproveitar as ferramentas tecnológicas já disponíveis, nunca deixando de lado que, o que faz com que os municípios cresçam no âmbito da agricultura é o respeito ao potencial produtivo de cada localidade”, observou o parlamentar.
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