Produo de leite pode dobrar na Bahia

EBDA faz o acompanhamento de pequenas fazendas que exploram gado de leite, com uso intensivo de pastagens e ênfase na inclusão do agricultor no mercado leiteiro baiano

Aumento de 20% a 100% na produção de leite de agricultores familiares em regiões produtoras do Estado. Este é o resultado da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), prestada pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA). A empresa faz o acompanhamento de pequenas fazendas que exploram gado de leite, com uso intensivo de pastagens e ênfase na inclusão do agricultor familiar no mercado leiteiro baiano.
Nos dois últimos anos, a EBDA atendeu a mais de 2.500 agricultores, com resultados expressivos registrados nas regiões de Itabuna, Teixeira de Freitas e Alagoinhas. Dentre esses agricultores, 187 foram assistidos de forma intensiva, com visitas mensais, e com tecnologias que têm contribuído para o aumento da produtividade leiteira das pequenas propriedades, inclusive em áreas de assentamento, onde a produtividade tem alcançado índices bem mais expressivos. 
Resultados alcançados
A zootecnista Isa Porto, chefe da Divisão de Gado de Leite (DGL), da EBDA, informou que os resultados foram impactantes, principalmente nas regiões de Itabuna e Teixeira de Freitas, onde houve incremento médio de 60% na produção de leite, em propriedades assistidas de forma intensiva, existindo casos de até 120% de incremento.  
Em Eunápolis, Isa Porto destacou o trabalho desenvolvido no assentamento PA Maravilha, onde, na fazenda Aimoré, com a intensificação do uso das pastagens, 18 vacas em lactação passaram a produção de 80 kg para 200 kg de leite/dia.
Investimentos e tecnologias aplicadas
Para atender a esta vertente, a EBDA intensificou a capacitação de seus técnicos para que possam promover, junto aos agricultores familiares, as mudanças necessárias em seus sistemas de produção, possibilitando a exploração racional, tanto das pastagens como dos rebanhos, visando uma atividade econômica e ecologicamente sustentável.
Foram mais de 155 técnicos capacitados em diversas áreas,  como nutrição animal, manejo animal e das pastagens, sanidade animal, qualidade do leite, formação de reservas estratégicas.  
Outra ação desenvolvida foi a de melhoramento genético de raças bovinas leiteiras, como a Gir leiteiro, trabalhada na Unidade de Execução de Pesquisa do Paraguaçu, da EBDA, em Itaberaba, a Girolanda, desenvolvida na Estação Experimental de Aramari, em Aramari, e a Guzerá leiteiro, na Estação Experimental Cruzeiro do Mocó, em Feira de Santana. 
A empresa vem também ajustando as estações para atender à agricultura familiar, com enfoque na sustentabilidade. O trabalho voltado para a produção orgânica de leite é outra linha adotada, sendo que os aspectos de sanidade envolvem a homeopatia e a fitoterapia, área em que a EBDA é pioneira e domina perfeitamente a tecnologia. 
Outras iniciativas têm sido utilizadas quanto a pesquisas para atender a demandas específicas, como adubação de pastagens, controle de formigas cortadeiras, e introdução de animais de linhagem leiteira, que possam contribuir para a melhoria da produção e produtividade dos rebanhos.
Rebanho estadual
O rebanho bovino estadual é constituído por cerca de 10,5 milhões de animais. Em relação ao número de vacas ordenhadas, a Bahia ocupa o terceiro lugar, perdendo apenas para Minas Gerais e Goiás, e embora seja o sétimo estado maior produtor de leite, do país, em termos de produção, por vaca ordenhada/ano, ocupa o 23º lugar.
A EBDA desenvolve estratégias para elevar nível tecnológico dos produtores e viabilizar o acesso assistido ao crédito rural, e inserir a agricultura familiar no negócio Leite com competitividade.
Para Isa Porto, no caso da bovinocultura de leite estadual, que é muito pulverizada e explorada, quase que na sua totalidade por agricultores familiares, é fundamental uma assistência técnica sistematizada e eficiente. “A atividade leiteira, na Bahia é um desafio que só será vencido, a médio e longo prazo, com investimentos tecnológicos, humanos e financeiros, e muita determinação dos órgãos dos técnicos, como tem acontecido na EBDA. Os resultados alcançados dão o respaldo necessário para que se continue com este trabalho que, certamente, elevará os níveis de produção e produtividade do rebanho leiteiro baiano”, concluiu a técnica.

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