Discussões, acompanhadas pelo deputado Zé Neto, referiram-se ao desenvolvimento do setor e, principalmente, a regularização do abate de aves
Com o objetivo de pensar políticas públicas de inclusão social e geração de renda, através da criação de postos de emprego com a organização de estabelecimentos de pequeno e médio porte dentro dos limites das questões sanitárias, na manhã desta quinta-feira (4) o deputado estadual Zé Neto participou de uma reunião na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Salvador. Na oportunidade, representantes do Governo Estadual e do segmento avícola discutiram, dentre outros, o abate de aves, logística, competitividade, fortalecimento e desenvolvimento para o setor.
De acordo com o presidente das Associações Baianas de Avicultura e Suinocultura (ABA e ABS), Marcelo Plácido Corrêa, um dos gargalos do segmento continua sendo o abate irregular. “A Bahia, honrosamente, está em destaque, neste ponto, se comparado a Pará e Amazonas, por exemplo. A gente ultrapassa 79,2% de inspeção federal e 112% de inspeção estadual. O Nordeste e o Norte têm crescido muito, mas ainda temos déficits. Nosso objetivo é mudar a realidade do setor tornando-o mais competitivo e atrativo dentro do mercado”, disse.
“Precisamos profissionalizar os trabalhadores e pequenos empreendedores do abate de aves para que a produção e comercialização aconteçam dentro dos limites da sanidade”, disse a superintendente do MAPA na Bahia, Maria Delian, sugerindo que fosse marcada uma reunião com prefeitos do polo baiano de produção de frango para discutir, dentre outras, fiscalização sanitária.
Segundo o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Cássio Peixoto, uma minuta da lei estadual de inspeção deve sair em breve da Agência endereçada a Casa Civil. “A idéia é que esta lei não conflite com a lei federal e que atenda as necessidades da região”, informou.
Gideon Almeida, da Associação Baiana dos Pequenos Abatedores de Aves (ABAPA) disse que, como representante dos abatedores de toda a Bahia, observa que a prioridade do projeto político atual é auxiliar aos “mais frágeis”. “Estou há vinte anos nesse mercado, que gera em torno de 30 mil empregos diretos e 100 mil indiretos. São 4 milhões de frangos abatidos por mês. O sonho da Associação é poder contar com um programa que abrace aos pequenos e ainda bem que, neste governo, a Adab tem buscado desenvolvê-lo”, completou.
Para o deputado estadual Zé Neto - que tem acompanhado os pequenos abatedores, estando engajado na criação da ABAPA, além de participado das discussões da Câmara Setorial da Avicultura e Suinocultura da Bahia, um fórum de debates que visa, através do compartilhamento de informações entre representantes do setor, governo e sociedade civil, desenvolver políticas públicas que contemplem a realidade do segmento – é preciso, também, coordenar os prazos para implantação de linhas de crédito já que, de acordo com o parlamentar, a Bahia possui um mercado consumidor extenso, restando apenas a ampliação da produção com a qualidade que os consumidores finais merecem.
“Precisamos pensar na inclusão do frango na compra institucional para garantir mercado para os pequenos produtores e abatedores, assim como fizemos com os produtores de leite, e sua inclusão como item da merenda escolar dentro da nova lei do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), por exemplo. Vamos pensar grande para que os retornos para o setor e para quem está na ponta sejam proporcionais. Já que temos uma posição de avanço, vamos agregar valores para deixarmos de viver os reflexos do passado”, concluiu o parlamentar.
Presentes – além do deputado Zé Neto, de Maria Delian (MAPA), Marcelo Plácido (ABA e ABS), Cássio Peixoto (Adab) e Gideon Almeida (Abapa), também participaram da reunião Edvaldo Santana (MAPA), Júlio Santana (Casa Civil Estadual), Paulo Emílio (Adab), Altair Santana (MAPA), e Guilherme Augusto Vieira (ABA).
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