HGS tem gestão e operação pela Prodal Saúde, com perfil de urgência e emergência, e está estruturado para atender a pacientes de média e alta complexidade
O Hospital do Subúrbio (HS) completou esta semana dois meses de funcionamento, contabilizando 38.252 atendimentos, entre consultas e procedimentos de enfermagem e médicos, nas especialidades de clínica médica, neurologia clínica, oftalmologia, otorrinolaringologia, pediatria clínica, cirurgia geral, ortopedia, bucomaxilo, cirurgia vascular, urologia, neurocirurgia e cirurgia pediátrica.
A diretora médica da unidade, Lícia Cavalcante, revela que em pesquisa realizada recentemente, foi constatado que o grau de satisfação dos clientes foi de 74%, “o que revela o reconhecimento dos usuários e a valorização da qualificação da assistência prestada aos pacientes”. A diretora do HS acrescenta que “a meta é elevar o índice para 80%, quando da operação plena da unidade”.
O Hospital do Subúrbio começou a operar com 134 leitos ativos – 50% da capacidade instalada -, dos quais 104 estão divididos em enfermarias de adulto (72) e pediátrica (32), e 30 leitos de medicina intensiva, sendo 10 de UTI adulto, 10 de semi-intensiva e 10 de UTI pediátrica, e mais 15 leitos de atendimento domiciliar.
O hospital geral, que integra a rede estadual de saúde, tem gestão e operação pela Prodal Saúde, com perfil de urgência e emergência, e está estruturado para atender a pacientes de média e alta complexidade. A unidade conta com moderno parque de medicina diagnóstica, com bioimagem (radiologia digital, tomografia, ultrassonografia, ecocardiografia, endoscopia digestiva e respiratória), laboratório de análises clínicas, centro cirúrgico e um ambulatório destinado ao atendimento de pacientes egressos.
“Nestes dois meses de trabalho intenso e gratificante, acredito que pudemos fazer muito em prol da população baiana, graças à dedicação de um time técnico e administrativo que tem como missão principal missão atender bem ao paciente do SUS, fundamentando-se na qualificação da assistência à saúde, unindo ética, humanização e tecnologia, com um modelo de gestão inovador na rede pública, com valorização do acolhimento ao paciente e estratificação de riscos, além da interatividade e agilidade nas decisões e condutas técnico-assistenciais”, comentou Lícia Cavalcante.
A satisfação com a qualidade da assistência prestada no Hospital do Subúrbio foi manifestada recentemente pelo cantor Jau, que teve uma sobrinha de 3 anos atendida e acompanhada na unidade, depois de uma queda do terceiro andar do prédio onde mora com os pais, no bairro do Cabula. Em entrevista a um veículo de comunicação, o cantor declarou ter ficado surpreso com a estrutura física e tecnológica do hospital. “Não esperava tamanha estrutura do Hospital do Subúrbio. Novo, bem equipado, com uma equipe médica fantástica e um atendimento único, melhor do que muito hospital particular. É bom a gente ver que esse tipo de coisa também está disponível para o povo mais carente”, disse o músico.
Balanço
Nos primeiros 60 dias de funcionamento do HS, foram beneficiadas 14.859 pessoas com atendimento no hospital, entre urgência/emergência, internação e ambulatório. Tais atendimentos resultaram na internação de 1.018 pacientes, na sua maioria cirúrgicos adultos (37,2%), seguidos pelos clínicos adultos (28,3%) e pediátricos (19,7%), Desse total, 150 (14,7%) internamentos foram em unidades de terapia intensiva e semi-intensiva, totalizando 1.308 saídas (entre altas internas e externas).
Foram realizados 568 procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade, com predominância das cirurgias ortopédicas. As doenças cardiovasculares e cérebrovasculares se apresentaram como maior causa de internação clínica. Os exames de apoio diagnóstico foram realizados de forma ininterrupta, totalizando 42.840 exames em pacientes internados e de urgência / emergência. “O acompanhamento dos pacientes internados por um corpo clínico e uma equipe técnico-assistencial qualificados e dedicados, inserido num modelo assistencial de gestão presente e diferenciado, trazendo ao setor público situações inovadoras como a medicina hospitalar, levou a indicadores hospitalares de produção e satisfação dos clientes extremamente positivos e gratificantes”, revela a diretora do HS.
Ainda de acordo com Lícia Cavalcante, houve uma taxa de ocupação de 75,3%, com uma média de 122,15 pacientes/dia, conseguindo-se uma média de permanência hospitalar da ordem de 4,22 dias e uma taxa de mortalidade institucional de 3.67%. Outro aspecto importante destacado pela diretora é o perfil de atendimento da unidade. “Os usuários já sinalizam com entendimento do modelo assistencial e dizem que é pena o Hospital do Subúrbio atender somente a emergências. Para nós, é um estímulo perseverar no acolhimento com classificação de risco, porque cada vez mais estaremos salvando vidas, atendendo por gravidade, orientando os casos mais simples e criando uma contra referência para a rede básica, sempre preservando a dignidade do atendimento ao paciente”, concluiu a diretora.