CPI DA EBAL: CONTRADIÇÕES E CONFISSÕES EXPÕEM ESQUEMA DE FRAUDE

 Testemunhas confirmam relacionamento entre empresários envolvidos na fraude de R$3,7 milhões na Ebal

Clima tenso e agitado, nesta quarta-feira (17), em mais uma reunião da CPI que investiga a crise financeira da Ebal. Desta vez,  quatro pessoas supostamente envolvidas na fraude referente à clonagem das notas fiscais no valor de R$ 3,7 milhões foram colocadas frente a frente. As testemunhas trazidas por José Gomes foram: Germano Silva e Genásio Silva, que confirmaram envolvimento pessoal e comercial entre o empreiteiro José Gomes, proprietário da Construtora Comasa; Cosme Bispo, proprietário da empresa em Aiquara, cujas as notas foram clonadas e Jutahy Souza, prefeito do município.

Na acareação marcada por depoimentos contraditórios, ficou comprovado o falso testemunho de Cosme Bispo, ao afirmar em depoimento à CPI não conhecer e nem manter relações pessoais ou comerciais com Gomes. Germano Silva, uma das testemunhas, afirmou ter conhecido Cosme e Jutahy, durante o período em que prestou serviço à Zé Gomes na fazenda de Aiquara, entre os anos de 2002 e 2003. O proprietário da Comasa mantinha ainda relação íntima com a família do ex-presidente da Ebal, Omar Britto, uma vez que criava gado num pasto alugado ao irmão de Omar, conhecido na região como “Nonô”.

Em seu terceiro depoimento à Comissão de Inquérito o senhor Cosme Bispo afirmou ter recebido telefonema de Gomes para tratar sobre a CPI da Ebal, antes da sua primeira declaração. Nesse momento, o dono da Comercial Bispo, procurou o prefeito da cidade de Aiquara, Jutahy, bem como seu contador, Ednaldo Casaes. Este último recebeu de Gomes, em sua conta, o valor de um mil reais para que Cosme pudesse encontrá-lo em Salvador. No entanto, esse dinheiro foi usado para pagar a advogada que o acompanhou em seu segundo depoimento à CPI.

Outra contradição de Cosme foi com relação ao seu não comparecimento ao primeiro depoimento à CPI, em 05 de setembro de 2007. Segundo Cosme, o motivo de sua ausência se deu porque o ônibus que viajava quebrou, fato que não foi confirmado pela empresa, assim como, que o nome do empresário não constava na lista de passageiros. Estes fatos demonstram o possível envolvimento entre os depoentes no que tange planejamento da fraude à Ebal o que custou R$ 3,7 milhões aos cofres públicos.

A reunião desta quarta-feira, 17, teve a presença do Ministério Público Estadual, representado por Paulo Gomes Júnior e Solón Dias da Rocha Filho, que declararam ter visto diversas irregularidades graves nos depoimentos.

Segundo o deputado Zé Neto, que é relator da CPI, a presença do MPE traz maior vigor e técnica às investigações, que chegam num momento conclusivo em relação à fraude no âmbito do setor de engenharia da Empresa Baiana de Alimentos.

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