Anel ferrovirio vai acabar com o transporte de cargas perigosas em Camaari

A obra aquecerá a economia local com a geração de 700 vagas de emprego; Recursos provenientes do PAC é da ordem de R$ 100 milhões

Antiga reivindicação dos moradores de Camaçari e região, o anel ferroviário passa a ser uma realidade com a assinatura, nesta segunda-feira (22), no Centro Cidade do Saber, no município, da ordem de serviço para construção do equipamento ligando o Polo Industrial de Camaçari ao Porto de Aratu, encurtando o trecho em 29 quilômetros. A intervenção acaba com o transporte de cargas perigosas dentro do município e resolve um problema antigo no trânsito da cidade, que convive com uma linha férrea que passa dentro do município. A previsão é de que o novo trecho fique pronto em 18 meses.
Foram aprovados recursos, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de R$ 100 milhões, para construção dos 18,68 quilômetros do novo contorno que vai garantir mais segurança para os moradores, reduzindo o risco de acidentes com produtos químicos.
O Polo é o principal gerador de carga ferroviária do estado, com 6,4 mil toneladas circulando diariamente – quatro mil toneladas dessa carga de produtos tóxicos. A construção do contorno ferroviário vai gerar cerca de dois mil novos empregos diretos e indiretos em Camaçari e nas cidades adjacentes (Simões Filho e Candeias).
“É a recuperação de toda a malha ferroviária que tinha sido abandonada durante décadas no Brasil. Entendemos que a infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento e para pacificar os núcleos urbanos, e acreditamos que a obra vai aumentar a velocidade do transporte, além de tranquilizar a cidade, já que vamos tirar o transporte de cargas pesadas e perigosas do centro de Camaçari”, afirmou o governador Jaques Wagner. Ele disse que, melhorando a logística, a competitividade vem a reboque.
Os serviços começam o mais rápido possível e vão garantir uma redução do tempo de viagem, que hoje é feita em pouco mais de uma hora. As composições poderão trafegar com o dobro da velocidade atual, após a eliminação das interrupções, que, num sistema viário urbano, são constantes.
“É um passo na concretização da retomada do transporte multimodal, que é o sistema ferroviário. Retomar esses ramais é o que mais batalhamos e esperamos para definir e avançar nas estratégias de desenvolvimento da Bahia, no que se refere à questão do transporte. A obra vai resolver questões importantes em relação ao tráfego, mas também entra o componente de reduzir o custo do transporte”, explicou a secretária da Casa Civil do Governo do Estado, Eva Chiavon.
Segundo o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, a linha férrea no centro da cidade representa um perigo para a população. “As cargas que passam diariamente atrapalham o trânsito, transformando-se num gargalo no desenvolvimento urbanístico e do trânsito”.
Mais R$ 40 milhões
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, destacou que a intervenção estima mais R$ 40 milhões, que englobam contrato de supervisão da obra, meio ambiente, dentre outros. “A linha atual será reduzida, com uma variante de 18,68 quilômetros, permitindo que as composições ferroviárias possam trabalhar com o dobro da velocidade. O problema que afeta a segurança na via urbana está definitivamente resolvido”, declarou o ministro.

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