Bahia avança em volume de produção científica

Estado registra crescimento de grupos de pesquisa e de trabalho

A Bahia vai fechar o ano de 2010 com bons resultados em termos de produção científica. O estado vem registrando um crescimento no volume de trabalhos e no número de grupos de pesquisa. Os investimentos em projetos e programas também cresceram. De acordo com dados da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-Ba), o crescimento foi de 28% em 2010, na comparação com o ano anterior.
No caso da Universidade Federal da Bahia (UFBA), embora os dados referentes ao ano de 2010 ainda não estejam fechados – só estarão completos e disponíveis no final do primeiro trimestre de 2011 – o crescimento foi de mais de 23%.
Na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), não foi diferente. Houve um acréscimo em 2010 de 60 novos grupos de pesquisa, representando um aumento de 81% de 2008 para 2010. Em relação ao número de linhas de pesquisa, houve um aumento de 33,75% de 2009 para 2010.
Desempenho – o bom desempenho,no entanto, não se restringe à Bahia. A mais recente avaliação trienal (2007/2010) dos cursos de pós-graduação realizada pela Capes mostrou que são oferecidos no País 2.718 programas, o que representa um aumento de 20,8% em relação a 2007. Eles correspondem a 4.099 cursos de mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado.
Entre os fatores citados para esse crescimento, estão o aumento do número de bolsas para o desenvolvimento de pesquisas; o aumento dos cursos de pós-graduação stricto sensu no País; e a melhora no sistema de avaliação da pós-graduação no Brasil.
“Um outro fator é a própria qualificação das revistas científicas nacionais e o crescente interesses internacional que despertam. Por serem cada vez mais citados em revistas científicas internacionais, os grandes indexadores internacionais de periódicos a cada ano aceitam mais dos nossos periódicos em suas bases, criando um ciclo virtuoso que amplifica as medições de nossa produção científica”, diz o coordenador de pesquisa da UFBA, Rogério Quintella.
No opinião do pró-reitor de pesquisa e ensino de pós-graduação (PPG) da Uneb, José Cláudio Rocha, a descentralização regional da pesquisa também contribuiu para o desenvolvimento da ciência. “Em termos relativos, as regiões Norte e Nordeste foram as que registraram maior aumento percentual nos últimos 15 anos, 176% e 71% respectivamente”, diz.
Apesar disso, os dados da avaliação trienal realizada pela Capes revelam que a região Sudeste ainda concentra o maior número de cursos. São 2.190, representando 53,4% do total. O sul representa 19,8%, com 810 cursos; Nordeste, 16,4%, 672; Centro Oeste , 6,6%, 270; e Norte, com 157 cursos, 3,8%.
“Enquanto a educação básica na região não for equivalente às das regiões mais desenvolvidas, não haverá política de educação superior e de pesquisa que compensem esse diferença”, acredita Rogério Quintella.
Estado é o 2º do Nordeste em número de cursos – A avaliação trienal da pós-graduação stricto sensu realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) revelou que a Bahia é o segundo estado do Nordeste com maior número de cursos. O primeiro lugar do ranking fica com Pernambuco.
O estado possui este ano 165 cursos de mestrado e doutorado. A Bahia vem logo atrás, com 153 cursos funcionando em 2010, enquanto em 2007 tinha 111, em aumento de 38% no triênio.
Expressividade – O Nordeste já conta com uma participação de 16,4% no total da pós-graduação brasileira e assim se aproxima da Região Sul, a segunda com maior número de cursos, com 19,8%. No Brasil, são 4.099 cursos de pós-graduação.
Na opinião do coordenador de pesquisa da UFBA, Rogério Quintella, a Bahia assume um papel expressivo no cenário de formação no cenário da formação da comunidade científica brasileira. “A Bahia tem uma participação significativa sim, e, embora ela ainda seja pequena, tem crescido mais do que a de outras regiões. Entre 1981 e 2008, por exemplo, a produção científica mundial dobrou de tamanho, enquanto a produção científica mundial dobrou de tamanho, enquanto a produção brasileira cresceu oito vezes e, no mesmo período, a produção científica da Ufba cresceu mais de dez vezes”, garante.
A opinião é compartilhada pelo diretor acadêmico do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Ufba, Maurício Barreto. “A Bahia é um dos estados que mais contribuem no desenvolvimento científico do nosso país. Aqui temos pesquisadores conhecidos internacionalmente e que desenvolveram trabalhos de grande relevância, nas mais diversas áreas”, diz.

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