Aeronave já se encontrava em Itaparica para resgatar uma parturiente em estado delicado
O deputado Zé Neto (PT) explicou o socorro médico à sua mãe, Maria Santana, de 76 anos, feito por um helicóptero da Polícia Militar no dia 1º de janeiro.
O parlamentar explica que a aeronave oficial já estava na Ilha de Itaparica em atendimento à parturiente Gilvaneide Pereira Torres – que se encontrava em trabalho de parto, com uma gravidez de risco – por volta das 10h30, e a operação não foi exclusiva para atender algum pedido dele.
“Faria tudo para salvar a minha mãe, mas não usaria do prestígio para realizar nada indevido”, afirmou Zé Neto.
A matéria foi inicialmente publicada no site Jornal da Mídia, e repercutida por diversos veículos de maneira equivocada, como o próprio editor do veículo reconheceu, em matéria publicada nesta terça-feira (ver aqui). “Tivemos sorte”, considerou o parlamentar.
Zé Neto explica também que a determinação para trazer sua genitora no helicóptero da PM partiu do médico que deu os primeiros socorros à idosa, no Hospital Geral de Itaparica.
“Foi a Central de Regulação que informou ao médico da presença do helicóptero na Ilha. Ele então solicitou que minha mãe fosse transferida junto com a parturiente na mesma aeronave, o que foi feito, sem a minha interferência”, esclareceu. Ele lembra ainda que a aeronave é comumente utilizada nesta época do ano, justamente por conta do aumento no fluxo de passageiros e os consequentes atrasos no embarque do ferry boat. "Não é a primeira vez que o helicóptero é utilizado", salienta.
O deputado demonstrou tristeza ao falar sobre a repercussão negativa do ocorrido. "Fico triste de estarem querendo tirar proveito de uma situação tão delicada, e que envolve a saúde de uma pessoa. Mas o que importa é que minha mãe está se recuperando bem, com a força e com a garra que sempre demonstrou para tudo. Agradeço a todos que rezaram e torceram por sua recuperação", afirmou.
Regulamentação do Transporte Marítimo
Para Zé Neto, a situação desagradável só serviu para lhe motivar ainda mais para trabalhar em favor da regulamentação do transporte hidroviário na Bahia, fazendo com que a população deixe de depender quase que exclusivamente dos maus serviços prestados pela TWB. "Infelizmente o contrato com esta empresa [a TWB], feito ainda no governo Paulo Souto, é de 25 anos. Mas vamos trabalhar na Assembleia este ano para que possamos regularizar o transporte hidroviário, fazendo as licitações, financiando toda a frota não somente na Ilha, como em toda a Bahia, para que o povo tenha um serviço de transporte marítimo de qualidade", concluiu.