Nova tecnologia de combate dengue em teste na Bahia

Tecnologia desenvolvida de organismos geneticamente modificados capazes de suprimir populações naturais do mosquito transmissor da dengue vai reforçar combate à doença

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da empresa Oxitec (U.K.), em parceria com a Moscamed Brasil estão desenvolvendo em Juazeiro, no norte da Bahia, uma nova tecnologia que visa o estudo da biologia, ecologia e controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus da dengue. As pesquisas desenvolvidas pelas instituições objetivam bloquear e reduzir a transmissão dessa patologia por meio da liberação planejada no ambiente de mosquitos geneticamente modificados.
Laboratório em Juazeiro - um laboratório de campo de insetos transgênicos - reconhecido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) -  foi instalado na Moscamed, em Juazeiro, graças a um convênio de cooperação técnica e administrativa firmado entre a Moscamed e a Usp. Neste laboratório, serão realizados ensaios de campo, como dispersão, liberação e compatibilidade da linhagem OX513A de Aedes aegypti RIDL, com a linhagem selvagem.
O convênio tem duração de cinco anos, podendo ter esse prazo prorrogado. O laboratório foi estabelecido na Moscamed, pois esta se trata de uma biofábrica que produz machos estéreis de moscas-das-frutas para controle biológico de pragas agrícolas. “A integração dos técnicos da Moscamed com os pesquisadores e estudantes da USP será uma associação de grande valia para novas tecnologias no controle de mosquitos”, ressalta Aldo Malavasi, diretor presidente da Moscamed.
Para a coordenadora do Programa de Controle Genético do Mosquito Aedes aegypti, Margareth Capurro, além do interesse acadêmico em ensino, pesquisa e extensão, esse convênio possibilita ainda a realização de ensaios de campo em áreas isoladas do sertão da Bahia. “Com estudos da estrutura e dispersão dos mosquitos, será possível estender a utilização de técnicas de machos estéreis na supressão de populações do Aedes aegypti para o Culex quiquefasciatus, conhecido popularmente como muriçoca”, afirma.

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