CPI ouvirá o presidente da Rede Interamericana de Comunicação (antiga Propeg), Fernando Barros amanhã, às 14hrs.
A CPI que investiga irregularidades cometidas durante o governo passado, no âmbito da Ebal, precisou prorrogar os seus trabalhos por um prazo de até 60 dias em virtude da decisão do Superior Tribunal Federal (STF), publicada no dia 13 de novembro, que autoriza a quebra de sigilo fiscal da maioria dos indiciados pela CPI, e que demanda maior tempo para apreciação. Em reunião administrativa, na manhã desta quarta-feira (21), os membros definiram o dia 20 de fevereiro como data de apreciação do relatório e conclusão da Comissão.
O relator, deputado Zé Neto, informou que se houver tempo hábil para apreciação de todos os documentos que acabaram de ser liberados, entregará o relatório final no dia 20 de dezembro. Caso isso não seja possível, entregará um relatório prévio nesta data.
Os membros também convocaram uma reunião extraordinária para amanhã, 22 de novembro, às 14hrs, onde irá depor o diretor presidente da Rede Interamericana de Comunicação (antiga Propeg), Fernando Barros, que não depôs na reunião passada (14), alegando impossibilidade de comparecimento.
Na próxima quarta-feira, 28 de novembro, deverão acontecer os últimos depoimentos. O relator requereu a convocação dos representantes legais da Platina Produções, Roberto Miranda de Sant’Ana e Nadjaí Araujo Santos, apontados pela Auditoria Geral do Estado (AGE) como supostos envolvidos em irregularidades por meio de favorecimento no programa Fazcultura e patrocínios da Ebal. Além destes, será convocado, por também apresentar também indícios de favorecimento o representante legal da Comtech Informática, Eduardo Campos Azevedo, que recebeu cerca de R$ 11,6 milhões da Ebal.
Na interpretação do relator, após esses últimos depoimentos a CPI de fato entrará em uma fase decisiva através da materialização do que foi direcionado como foco. O deputado Zé Neto ainda informou que nos próximos dias irá se “debruçar sobre os relatórios, editais, quebra de sigilos, documentos oficiais e cruzamento dos depoimentos para entregar à sociedade um relatório que denuncie um modelo de administração vulnerável e promíscuo no que se refere ao bem público”.