Cmara setorial debate medidas para fortalecer cultura do sisal

Secretários Agricultura e Ciência e Tecnologia anunciaram criação de Biofábrica do Sisal
Desenvolver um pacote tecnológico para ampliar a produção e a produtividade do sisal da Bahia, agregar valor ao produto e garantir segurança e melhores condições de vida para os produtores. Essa foi a tônica da reunião da Câmara Setorial das Fibras Naturais, realizada na terça-feira (3), no Centro Cultural do município baiano de Conceição do Coité.
Os secretários estaduais da Agricultura, Eduardo Salles, e da Ciência e Tecnologia, Paulo Câmara, e a superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na Bahia, Rose Pondé, debateram os principais problemas da cultura com técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), produtores, exportadores e representantes do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste (BNB), buscando alternativas para o segmento.
Na oportunidade, o secretário Paulo Câmara anunciou que vai reunir técnicos das universidades, do Centro de Inovação e Transferência de Tecnologia (Cintec) e dos setores ligados ao sisal para analisar os equipamentos existentes na Bahia, no Brasil e no mundo e optar pelo tipo de máquina desfibradora, que seja capaz de aproveitar 100% do potencial do sisal. Atualmente, somente 4% do produto são aproveitados. “Falta mão de obra no segmento. Nós precisamos de uma máquina que não mutile e que apresente maior rendimento”, disse Câmara.
Duplicar a produção 
O secretário Eduardo Salles lembrou que estudos realizados por técnicos da EBDA em dez municípios da região de Serrinha e Conceição do Coité, com produtores cadastrados no Prêmio de Escoamento da Produção (PEB), da Conab, mostraram que a produtividade do grupo é de 2.216 quilos por hectare, realidade que deverá ser considerada pela Companhia para ampliar a cota de compra do PEP.
“Essa não é a produtividade geral do sisal no Estado, mas o estudo realizado mostra que facilmente podemos duplicar a produção, que hoje é estimada em 120 mil toneladas/ano”, analisou Salles, lembrando que para aumentar a produtividade é preciso fazer a limpeza da área e dar trato cultural. Para isso o produtor necessita de financiamento para custeio, operação que os bancos, segundo o secretário, não fazem há algum tempo.
Para tratar desse tema, os secretários Eduardo Salles e Paulo Câmara, e o secretário executivo da Câmara Setorial de Fibras, Wilson Andrade, que também preside o Sindicato de Fibras, agendaram uma oficina técnica, a ser realizada nos dias 17 e 18 deste mês em Conceição do Coité. Durante o encontro serão debatidas questões de custeio e de atualização do sistema de produção.
Os dois secretários anunciaram ainda a criação de uma Biofábrica de Sisal, em local a ser definido, com o objetivo de produzir mudas sadias e distribuir com os agricultores familiares. Entre outras finalidades, a iniciativa tem o objetivo de combater a podridão vermelha, principal doença que ataca a cultura do sisal.
A Câmara Setorial das Fibras Naturais debateu, durante a reunião de Conceição do Coité, a necessidade de aumentar a produtividade por hectare; melhorar a qualidade da fibra, certificação e criação de um selo de qualidade, além de aquisição de equipamento para dar mais conforto, qualidade e segurança ao produtor. Os debates incluíram ainda o aproveitamento total da planta, o uso da fibra de sisal em áreas com maior potencial de pagamento, ampliação da produção e um trabalho de marketing mostrando a prefeitos, vereadores, produtores e indústrias que a Bahia tem capacidade de abastecer o mercado com regularidade e produto de qualidade.
Os superintendentes de Agricultura Familiar e de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Wilson Dias e Raimundo Sampaio, e o diretor de Agricultura da Seagri, Almeida Junior, também participaram da reunião. O encontro teve ainda a participação do deputado estadual Tom Araújo, que informou, na oportunidade, que a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa terá uma reunião em Conceição do Coité, no próximo dia 12.

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