A situação do Ferrie Boat foi novamente discutida na manhã desta quinta-feira, 13 de dezembro, na Assembléia Legislativa, onde ocorreu uma reunião com associações representativas da Ilha de Itaparica, Vera Cruz, Recôncavo Baiano e Baixo Sul, Ministério Público, Agerba e a empresa responsável pelo serviço hidroviário, TWB.
Os problemas relacionados ao sistema de transporte marítimo da Baía de Todos os Santos começaram a ser discutidos na Casa Legislativa no dia três de dezembro deste ano, quando houve um grande debate. Este segundo encontro serviu para aprofundar as discussões sobre o assunto e pontuar os principais problemas que necessitam de uma atenção mais rápida.
Um dos pontos questionados no último debate foi resolvido. O terminal marítimo está recebendo os cartões de crédito Hipercard e Master Card para o pagamento das passagens. Neste debate, uma decisão importante que será aplicada dentro de alguns dias é a enquete, instrumento que avaliará o nível de satisfação dos usuários do Ferrie Boat no que diz respeito as grades que são utilizadas atualmente para organizar o fluxo de passageiros e na compra de passagens. A partir do resultado da enquete, as grades poderão ter um portão de acesso aos banheiros, lanchonetes e não impedirá a livre passagem das pessoas.
O deputado Zé Neto está disposto a realizar e participar de debates desta natureza até que seja encontrada uma solução satisfatória para associações, usuários, TWB, estado e barqueiros. “Este confronto de idéias que estamos vendo aqui é fundamental para encontramos a saída. A Casa está cumprindo o seu papel de trazer debates a ter a participação da população. No ano que vem queremos ampliar este diálogo, mas observando as questões culturais, históricas e que precisam de cuidados, utilizando sempre o bom senso”, destaca.
O representante da Agerba, Raimundo Mattos, informou que continuará debatendo soluções para prestar um melhor atendimento no transporte hidroviário. “No dia 17 de dezembro, no auditório da Agerba, estaremos discutindo o assunto às 14 horas. Nós só podemos cobrar da TWB o que está presente no contrato de concessão, o nosso papel é verificar se o serviço está de qualidade, se está havendo o cumprimento de horários e se o usuário está satisfeito, caso encontremos alguma irregularidade agiremos como manda a lei”, ressalta.
A promotora da Justiça da Cidadania, Silvana Almeida, também está disposta a colaborar com o debate e elogiou a iniciativa do deputado Zé Neto em abrir o diálogo. “As questões que forem de competência do Ministério Público tomaremos providências. Estaremos colaborando para haver um entendimento e quem sabe lavrar um termo de ajustamento de conduta para atender ao interesse público”, comenta.
LANCHAS
As Associações de Barqueiros de Bom Jesus dos Passos e demais Ilhas participaram da reunião, onde reivindicaram um tempo de no mínimo dois anos para que a atividade deles seja regulamentada. Esta categoria foi a pioneira a prestar o serviço de travessia entre a capital baiana e as Ilhas e por isso, não pode ser excluída neste processo.
De acordo com Almir Pereira, que realiza a travessia através de lanchas, os barqueiros entendem que precisam estar regulares com suas atividades, mas necessitam de tempo. “Prestamos um serviço seguro, rápido e de boa qualidade. Sustentamos nossa família com o dinheiro desta atividade. Se o governo passado deu 25 anos para o Ferrie Boat se adequar, nós pedimos um pouco mais de tempo para nos ajustarmos”, reclama.