08
Mai
O evento marcou o início do Curso de Panificação que levou esperança e um trabalho decente para as internas
As internas do Conjunto Penal Feminino, que faz parte do Complexo Penitenciário da Mata Escura, foram homenageadas pela passagem do Dia das Mães, comemorado neste domingo (8). Durante a homenagem, houve apresentação teatral de crianças da Creche Nova Semente e, no clima festivo, a situação do confinamento cedeu lugar à esperança de reencontrar a família e um trabalho decente. O evento marcou o início do Curso de Panificação.
Consciente de que o mercado de trabalho, muitas vezes, fecha as portas para a população carcerária, dona Angelita de Lourdes, 44 anos, não deixou se abater com as incertezas que rondam a maioria das internas. Ela aproveitou a oportunidade como um antídoto para a ociosidade. “Além de aprender, tenho o benefício da remissão da minha pena e de receber um ordenado. Tudo que é produzido por nós é consumido também por pessoas de outros presídios”.
Num esforço conjunto, o governo estadual, Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), Fundação Dom Avelar Brandão Vilela e empresários investem na reintegração social das internas por meio do Curso de Panificação. Com a mão na massa, elas começam a dar os primeiros passos para o resgate da dignidade. As aulas com duração de duas horas serão realizadas nas segundas, terças e sextas-feiras, durante 60 dias.
Profissionalização
O pequeno empreendimento que vai profissionalizar as internas contou com a doação de equipamentos e do auxílio de um padeiro: tudo para que elas saiam preparadas para ocupar um lugar no mercado profissional. As horas trabalhadas são revertidas em benefício para redução da pena - a Lei de Execução Penal assegura que a cada 18 horas de aula seja descontado um dia da pena à qual a pessoa foi condenada.
“Na situação de encarcerado, a ação atende um compromisso do governo com os direitos humanos, com a cidadania e a dignidade de todo o cidadão. A atividade laboral ajuda a pessoa a almejar um futuro melhor. Na prática, quando damos uma chance o que prolifera no ser humano é o melhor possível”, argumenta o secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena.
A presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, Fátima Mendonça, falou sobre a iniciativa e a importância de continuar com outras ações tendo apoio de diversos segmentos da sociedade. “Os pães, salgados e doces fabricados por essas mulheres poderão ser comercializados fora do cárcere, inclusive em eventos do governo. O objetivo é que elas saiam daqui dominando esta atividade, como forma de ganhar dinheiro”.
A empresária de alimentos/chocolates, Joana Arcoverde, defende a parceria como um compromisso de todos. “A ação busca inserir pessoas que estão excluídas do convívio social, por meio de um trabalho que possa qualificá-las. E, nessa data, é essencial passar essa mensagem de amor e de esperança”.
As internas do Conjunto Penal Feminino, que faz parte do Complexo Penitenciário da Mata Escura, foram homenageadas pela passagem do Dia das Mães, comemorado neste domingo (8). Durante a homenagem, houve apresentação teatral de crianças da Creche Nova Semente e, no clima festivo, a situação do confinamento cedeu lugar à esperança de reencontrar a família e um trabalho decente. O evento marcou o início do Curso de Panificação.
Consciente de que o mercado de trabalho, muitas vezes, fecha as portas para a população carcerária, dona Angelita de Lourdes, 44 anos, não deixou se abater com as incertezas que rondam a maioria das internas. Ela aproveitou a oportunidade como um antídoto para a ociosidade. “Além de aprender, tenho o benefício da remissão da minha pena e de receber um ordenado. Tudo que é produzido por nós é consumido também por pessoas de outros presídios”.
Num esforço conjunto, o governo estadual, Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), Fundação Dom Avelar Brandão Vilela e empresários investem na reintegração social das internas por meio do Curso de Panificação. Com a mão na massa, elas começam a dar os primeiros passos para o resgate da dignidade. As aulas com duração de duas horas serão realizadas nas segundas, terças e sextas-feiras, durante 60 dias.
Profissionalização
O pequeno empreendimento que vai profissionalizar as internas contou com a doação de equipamentos e do auxílio de um padeiro: tudo para que elas saiam preparadas para ocupar um lugar no mercado profissional. As horas trabalhadas são revertidas em benefício para redução da pena - a Lei de Execução Penal assegura que a cada 18 horas de aula seja descontado um dia da pena à qual a pessoa foi condenada.
“Na situação de encarcerado, a ação atende um compromisso do governo com os direitos humanos, com a cidadania e a dignidade de todo o cidadão. A atividade laboral ajuda a pessoa a almejar um futuro melhor. Na prática, quando damos uma chance o que prolifera no ser humano é o melhor possível”, argumenta o secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena.
A presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, Fátima Mendonça, falou sobre a iniciativa e a importância de continuar com outras ações tendo apoio de diversos segmentos da sociedade. “Os pães, salgados e doces fabricados por essas mulheres poderão ser comercializados fora do cárcere, inclusive em eventos do governo. O objetivo é que elas saiam daqui dominando esta atividade, como forma de ganhar dinheiro”.
A empresária de alimentos/chocolates, Joana Arcoverde, defende a parceria como um compromisso de todos. “A ação busca inserir pessoas que estão excluídas do convívio social, por meio de um trabalho que possa qualificá-las. E, nessa data, é essencial passar essa mensagem de amor e de esperança”.