A ação dos trabalhadores faz parte da estratégia de movimentos anuais de luta pela terra
O Governo do Estado começou a discutir, nesta quinta-feira (12), com as lideranças do Movimento dos Trabalhadores Assentados e Acampados (Ceta), a Pastoral Rural, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e o Movimento dos Trabalhadores Desempregados, as demandas trazidas pelos grupos, que envolvem questões de regularização de terras, apoio à produção e de licenciamento ambiental das áreas de Reforma Agrária.
Cerca de 1.200 trabalhadores rurais estão acampados na área externa da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), desde segunda-feira (9), numa ação que faz parte da estratégia de movimentos anuais de luta pela terra, geralmente no mês de abril. Somente nesta quinta, no entanto, eles começaram a debater as reivindicações, incluídas em uma pauta de 13 itens.
Na reunião, as lideranças apresentaram reivindicações mais pontuais, principalmente as ligadas a apoio à produção, entre as quais, plantio de cajueiros, limpeza de barragens e de aguadas, água para produção, cisternas de enxurrada e conclusão de casas nos acampamentos.
A equipe do governo, que envolveu a Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA), a Superintendência da Agricultura Familiar, além de representantes da secretarias estaduais da Agricultura e de Relações Institucionais (Serin), esclareceu cada ponto reivindicado pelos movimentos e anunciou uma série de novos projetos já em andamento, que darão suporte aos pedidos de apoio a produção.
Independente da reunião, mais diretamente ligada à Seagri, ficou definido que as lideranças dos movimentos acampados em Salvador terão encontros nesta sexta-feira (13) para tratar de questões específicas junto às secretarias do Meio Ambiente (Sema), do Trabalho (Setre) e de Infraestrutura (Seinfra).