O trabalho de ocupação social é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza
Nem a chuva que caiu neste domingo (15) atrapalhou os planos da empregada doméstica Iracema do Amparo. Moradora do Alto das Pombas, ela acordou cedo e acompanhada dos filhos Lucas, Erica e Dailana foi até o posto de atendimento do SAC móvel, montado na entrada do bairro, para tirar os documentos que há um ano e meio tentava conseguir.
De uma só vez, Iracema fez a segunda via da carteira de identidade dela e os CPF’s dos três filhos, tudo rápido e de graça. “Você não sabe como isso adiantou a minha vida, eu trabalho durante a semana, não achava tempo para ir ao SAC do Shopping Barra, que é o mais perto daqui, além disso, faltava o dinheiro para tantos documentos. Agora está tudo resolvido”.
Assim como Iracema, centenas de moradores dos bairros foram buscar o atendimento do SAC móvel, oferecido neste fim de semana às comunidades do Calabar e Alto das Pombas como mais uma ação do Programa Pacto Pela Vida, que ocupou os bairros com a Polícia Militar e agora realiza a ocupação social, com a oferta de serviços.
Além de carteira de identidade e CPF, os moradores puderam tirar certidão de nascimento e carteira de trabalho. Num outro ponto de atendimento era feita a inscrição no Programa Bolsa Família e num curso de capacitação em trabalho doméstico. Serão dois meses e meio de aulas com direito a material didático e certificado.]
“Quem visitasse o bairro há um tempo atrás não iria imaginar o que estamos vivendo hoje. Eu tinha medo até de sair de casa, não deixava minhas filhas circularem, agora o medo acabou e com essa ajuda na parte do trabalho e documentos é melhor ainda”, comemorou a cozinheira Nívea Trigueiros, que aproveitou o dia de serviços para tirar uma carteira de trabalho nova.
Trabalho Conjunto
O trabalho de ocupação social realizado no Calabar e Alto das Pombas é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), mas conta com a participação de todas as secretarias do Estado.
“Uma das causas do crescimento da criminalidade é a ausência histórica do Estado em comunidades como essas. Por isso, depois da chegada da Polícia, nos reunimos com os moradores e planejamos a ação social que é o segundo passo do trabalho de pacificação,” explica a chefe de gabinete da Sedes, Mara Moraes.
Para a líder comunitária Maria de Fátima Gavião, o grande número de pessoas interessadas nos serviços mostra como é importante oferecer uma ação social consistente e duradoura. “Só assim vamos conseguir mudar de vez a realidade do Calabar”.
16
Mai