Jaques Wagner: 'É necessária uma ferramenta de incentivo fiscal que não prejudique os estados e que seja discutida no Conselho Nacional de Política Fazendária'
A reforma tributária e o endividamento dos estados foram os principais temas tratados na tarde desta terça-feira (24), na reunião de duas horas de duração realizada entre os governadores do Nordeste e o ministro da Fazenda Guido Mantega, em Brasília. O clima foi de entendimento, com o ministro demonstrando simpatia pelas propostas apresentadas pelos governadores.
O fim da guerra fiscal foi enfaticamente defendido pelo governador Jaques Wagner. “É necessária uma ferramenta de incentivo fiscal que não prejudique os estados e que seja discutida no Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária)”, disse.
Sobre o endividamento dos estados, o governador baiano ponderou que é necessário que se chegue a uma fórmula menos perversa do que a indexação pelo IGP-DI. “Poderia ser utilizada a taxa Selic, mas isso ainda será objeto de discussão entre os estados e o governo federal”, ponderou. Mantega considerou a ideia viável e prometeu estudá-la.
Para Wagner, o cenário é favorável a ambas as discussões – reforma tributária e endividamento dos estados -, que devem ser feitas em conjunto. E concordou com o ministro quando este afirmou que “o modelo tributário atual está esgotado, é preciso construir um novo”.
O importante, afirmou o governador, é que os temas estão “sendo discutidos de forma suprapartidária”.
Caixa Econômica
Pela manhã, o governador da Bahia almoçou com o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda. Conversaram sobre questões administrativas e, logo após, visitaram as instalações da instituição. Em uma das salas, o governador conversou rapidamente com alguns dos vice-presidentes da CEF.
À noite, Jaques Wagner manteve reunião com o ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, quando o assunto foram os projetos ligados ao setor no estado da Bahia.