Objetivo é que a unidade esteja em funcionamento nos próximos três anos
A presidenta da República, Dilma Rousseff, oficializou nesta terça-feira (16) a acertada decisão de criar quatro universidades federais, abrir 47 campus universitários e 208 unidades dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, espalhados em todo o país. As novas universidades federais serão instaladas na Bahia, no Ceará e no Pará.
A Bahia ganha duas instituições: a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufoba) com sede em Barreiras, onde atualmente funciona o campus Barreiras da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), que terá sede em Itabuna.
Serão criadas as Universidades Federais do Sul da Bahia, com campi em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas; do Oeste da Bahia, com campi em Barra, Bom Jesus da Lapa, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães; e IFETs em Xique-Xique, Serrinha, Itaberaba, Alagoinhas, Santo Antônio de Jesus, Brumado, Lauro de Freitas, Juazeiro e Euclides da Cunha.
Além disso, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) terá um campus de extensão em Camaçari e a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), um campus de extensão em Feira de Santana. Também foi confirmada, pelo governo federal, a criação da Universidade Federal de Integração Luso-afrobrasileira (Unilab) na Bahia.
Até 2012, serão implementados 20 câmpus universitários em oito estados e 88 unidades de institutos federais em 25 estados. Pelas previsões, o objetivo é que todas as unidades estarão em funcionamento nos próximos três anos.
Até o fim de 2012, o governo federal deve concluir a implantação de 20 unidades, distribuídas entre 12 universidades federais localizadas nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. Essa ação atenderá 20 municípios de oito estados.
Institutos federais – Prefeitos de 120 municípios assinaram nesta terça-feira (16), o compromisso com o governo federal de oferecer terrenos para a instalação de unidades de educação profissional em suas cidades. A concretização das novas escolas deve acontecer em 2013-2014.
A essas 120 unidades de educação profissional se somam 88 que estão em construção, com término previsto para o fim de 2012. Ao final de 2014, portanto, o país terá ganho 208 unidades de educação profissional.
A abertura de 250 mil vagas de ingresso nas universidades federais e de 600 mil matrículas nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, em 2014, é um dos resultados que a presidenta da República, Dilma Rousseff, espera alcançar com a terceira fase da expansão universitária e profissional.
Para executar o programa, o governo federal vai investir cerca de R$ 7 milhões por unidade de educação profissional e R$ 14 milhões no caso de câmpus universitário. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, esse é o valor mínimo para iniciar as atividades.
Critérios – Para definir o número de câmpus universitários e de escolas de educação profissional por estado, o governo federal orientou-se por uma série de critérios, entre os quais estão os baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb) e a porcentagem de jovens de 14 a 18 anos nas séries finais do ensino fundamental. Na escolha dos municípios a serem contemplados, considerou a universalização do atendimento aos territórios da cidadania, a alta porcentagem de extrema pobreza, municípios ou microrregiões com população acima de 50 mil habitantes e os municípios com arranjos produtivos locais (Apl).