A Assembléia Legislativa da Bahia promoveu na manhã desta sexta-feira, 07 de março, no plenário da Casa, uma sessão especial para entrega do título onorífico de Cidadão Baiano ao artista polonês Frans Krajcberg. A sessão proposta pelo deputado Waldenor Pereira, líder do Governo na Casa, teve a presença do ilustre Governador do estado, Jaques Wagner, da primeira dama Fátima Mendonça, parlamentares, secretários e órgãos estaduais e artistas. Emocionado, Frans Krajcberg, que em 1957 foi naturalizado brasileiro, falou sobre a alegria em receber o título de cidadão baiano. “Vocês não podem compreender com que honra estou recebendo esse título”, mencionou. Ainda de acordo com Krajcberg “o sul da Bahia possui a floresta mais linda e rica do planeta. É triste ver a rapidez com que ela está sendo destruída. Não foi fácil participar de tantas reuniões internacionais e comentar a respeito das nossa florestas, suas condições atuais. Agora, o mundo acordou para estudar a saúde do planeta. O século XX foi o mais bárbaro deste planeta, digo isso diante das muitas imagens que fiz, dentre elas a maioria na Amazônia. Ultimamente estão falando um pouco sobre a ecologia. Sinto-me com orgulho de ser baiano”. O governador Jaques Wagner assegurou publicamente o compromisso do Governo em preservar todo o Sítio Natura, onde Krajcberg vive, no município de Nova Viçosa, bem como garantir seu patrimônio natural e artístico. Para o deputado Zé Neto Frans “é um jequitibá, feito farol apontando que a vida sobrevive e mais do que alento, temos exemplos de luta extremamente visíveis, eficientes e contempláveis, na fotografia, no tanque e na pegada de guerreiro. Histórico Frans Krajcberg (Kozienice, Polônia 1921). Estudou engenharia e artes na Universidade de Leningrado. Durante a II guerra Mundial, entre 1 941 e 1 945 foi oficial do exercito polonês. Após a guerra, muda-se para a Alemanha e ingressa na Academia de Belas Artes de Stuttgart, onde é aluno de Willy Baumeister. Em 1948, imigra para o Brasil e se fixa em São Paulo. Em 1951, participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo expondo duas pinturas. Muda-se para o Paraná, onde trabalha como engenheiro de uma fábrica de papel, porém abandona o emprego e isola-se na floresta para pintar. Em 1956, instala-se no Rio de Janeiro e divide ateliê com o escultor Franz Weissmann. Naturaliza-se brasileiro em 1957. A partir de 1958, alterna residência entre Paris, Ibiza e Rio de Janeiro. Em 1964, instala ateliê em Cata Branca, próximo ao Pico Itabirito, Minas Gerais, e executa suas primeiras esculturas com tronco de árvores mortas. Realiza diversas viagens a Amazônia e Pantanal Mato-Grossense, fotografando e documentando os desmatamentos, além de recolher materiais para suas obras, como raízes e troncos calcinados. Desde 1972 mantém ateliê em Nova Viçosa, no sul da Bahia. Fonte: www.maricibross.com/frans_krajcberg.htm