Temos um projeto que deu certo no Brasil e na Bahia", afirma Z Neto em entrevista ao Blog do Jair Onofre

No último dia 06, o deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto, concedeu entrevista ao Site Bahia na Política, do jornalista Jair Onofre. Confira abaixo.

Qual a avaliação do senhor a respeito dos investimentos dos governos federal e estadual em Feira de Santana?
 
Nós fizemos um hospital novo no valor de R$ 68 milhões e gastamos no ano passado R$ 59 milhões para mantê-lo. Esse ano serão gastos R$ 79 milhões. Veja a dimensão desses recursos. Temos ainda a Universidade Federal do Recôncavo Baiano, que será construída com verba federal, mas é um trabalho que foi feito pelo governo estadual. Trouxemos aproximadamente 11 mil casas do programa “Minha Casa, Minha Vida” para famílias com renda de 0 a três salários mínimos.

Com certeza se nós não tivéssemos uma representação política forte na cidade não chegaríamos a mil. São mais de R$ 700 milhões investidos em Feira de Santana. Por outro lado, trouxemos para a cidade mais de R$ 240 milhões para saneamento e fornecimento de água. Ainda resta muita coisa a ser feita. Por exemplo, nós liberamos R$ 104 milhões e R$ 47 milhões desses recursos estão designados para abastecimento de água para a região norte. Nós ainda temos investimentos importantes como o Zilda Arns que é um centro de recuperação de jovens que custou R$ 13 milhões. Temos R$ 10 milhões investidos e estaremos entregando a primeira etapa do presídio.
 
Que outros segmentos receberam investimentos do governo do estado?

 
Saímos de seis veículos na Polícia Militar e temos 44 veículos novos alugados, inclusive oito deles em convênio com o município. Além disso, houve a reforma de 95% de todas as escolas estaduais no município. As pessoas pedem para construir escolas novas, mas esquecem que as escolas que nós temos aqui estão todas sucateadas. 42 mil toneladas de asfalto foram aplicadas na cidade. O CIS recebeu R$ 11 milhões de compra de novas áreas com mais R$ 6 milhões de investimentos em infraestrutura.

Estamos terminando o projeto do Centro Logístico, que custou R$ 800 mil e terminando o projeto da avenida Nóide Cerqueira, que vai custar R$ 600 mil e será apresentado à sociedade ainda este mês, em audiência pública. Ainda temos dois projetos que serão feitos pelo Estado, que são as avenidas Ayrton Senna e Iguatemi, porque o Município não tem condições financeiras. Então eu posso dizer com tranquilidade que tem muitos recursos investidos e estamos andando.
 
A oposição namara de Vereadores tem dito que os pontos críticos do governo do estado em Feira de Santana são saúde, educação e segurança...
 
Eles fazem a parte deles, mas têm um problema grave: não tomam remédio para memória. Nós encontramos 100% das escolas sucateadas e 95% delas foram recuperadas. É a primeira vez que em um governo o CETEB é ampliado, recebendo em dias e encerrando o ano sem dever nada. No período deles (do DEM) chegou a passar oito meses sem receber recursos.
 
Na condição de líder do governo na Assembleia Legislativa o senhor está vivendo mais um ano eleitoral. Como pretende conduzir esse processo?
Nós estamos vivendo um momento de maioria, mas administrar essa maioria não é fácil. Todos eles têm os seus interesses políticos, que têm que ser trabalhados a todo o tempo. Mas temos os exemplos claros de que a bancada do governo está afinada. Primeiro trouxemos em uma quinta-feira de carnaval 34 deputados e votamos dois requerimentos de urgência.

Em 20 anos, segundo os próprios funcionários da Assembléia, foi o período de melhor produtividade. Encerramos o ano sem nada atrasado, temos apenas um projeto que ficou do ano passado porque foi uma opção nossa discuti-lo mais. Esse projeto diz respeito à meia passagem  para deficientes, que não havia condições de fazer um acordo e para que o projeto não fosse indeferido ou tivesse que voltar para às comissões ordinárias, fizemos um acordo para discuti-lo agora. Nesse momento acho que conseguimos dar o tom de uma bancada afinada que consegue entender que os interesses do estado estão acima dos interesses que vão se ploriferar agora nos embates dos municípios e que precisamos equilíbrio na base para que a nossa composição não sofra durante o período dos debates.
 
O governador Jaques Wagner tem dito que o senhor é o candidato do PT em Feira de Santana, mas o senhor é aliado do prefeito Tarcízio Pimenta. Nesse embate com o candidato dos DEM, José Ronaldo, o que diferencia do nome de Tarcízio?
 
Essa parte eleitoral é inconveniente ser discutida agora. Por quê? Na verdade ela vai se moldando. O governador tem uma linha geral que todos conhecem. Enfrentar agora esse debate é antecipar dificuldades que não precisam ser enfrentadas nesse momento. Então eu prefiro deixar para discutir na hora certa. Por enquanto nós temos que pensar na cidade como a segunda maior do estado e temos que começar com urgência a construção da Unidade de Pronto Atendimento, Hospital Geral Clériston Andrade, começar a avenida Nóide Cerqueira, investir mais recursos em saneamento. O debate político agora deve estar mais voltado para os vetores de desenvolvimento da cidade de Feira de Santana precisa que o estado venha a potencializar.
 
No encontro do PT que oficializou seu nome o senhor disse que discutiria projetos para Feira de Santana. Quais são esses projetos?

 
Feira de Santana nasceu da feira livre que está no Centro de Abastecimento. A cidade precisa de um centro de logística desenvolvido com um aeroporto, a retomada da rede ferroviária e um grande fortalecimento do potencial de produção, de geração de emprego e renda. Feira de Santana tem muito que se discutir em termos de projeto, conhecendo a história da cidade e o potencial que ela tem para desenvolver um grande pólo de serviços e desenvolvimento industrial de logística.

Essa condição a gente tem que enfrentar com a cabeça no lugar, colocando claramente como um vetor de desenvolvimento real e fazer a política muito mais em cima dos projetos e das condições que nós temos de evoluir com eles do que propriamente buscar a discussão do que não foi feito, do que ficou para trás. Temos que olhar para a frente e fazer a avaliação do que é possível ser feito, com o apoio dos governos federal e estadual. No meu ponto de vista vai ser essa a tendência do PT em Feira de Santana.
 
O ex-presidente Lula, a presidenta Dilma Rousseff e o governador Jaques Wagner quando candidatos fizeram uma aliança mais conservadora para a composição que eles representariam o nome de esquerda. Como serão articuladas as suas alianças em Feira de Santana?
 
Nós temos um projeto político que deu certo no Brasil e está dando certo no governo do estado. Estamos desenvolvendo o interior, criando políticas sociais, invertemos a lógica de crescer para depois dividir, estamos crescendo e dividindo ao mesmo tempo. Isso faz com que as pessoas sejam incluídas nesse desenvolvimento. Estamos cuidando do ser humano como nunca se cuidou e evidentemente temos aliados.

Ninguém governa sem aliados. A grande crítica do passado ao PT é que o partido era fechado. Alguns hoje criticam por que o PT está aberto ao diálogo, mas o PT está aberto a dialogar a partir de um projeto. Se os partidos entendem que esse projeto é melhor para o Brasil eles vêm para contribuir. Esse é um projeto construído com outros partidos evidentemente, mas a linha geral é dada de forma hegemônica pelo ex-presidente Lula, como foi feito no curso da nossa história, pela presidenta Dilma e aqui na Bahia pelo governador Jaques Wagner. Eu acho que estamos nessa sequência e aprimoramos muito o diálogo com os setores da sociedade, não apenas os partidos, mas também discutindo com a cidade.
 
O que o senhor quer dizer exatamente quando afirma que a cidade deve ser “compartilhada” e não “repartilhada”?
 

Não é repartir a cidade como muito tempo nós vimos, pegarem as áreas públicas e darem a fulano e a beltrano. Existem dificuldades hoje terríveis no centro da cidade em termos de organização, também em função de interesses políticos. Obviamente o que eu posso dizer é que compartilhar é chamar a cidade para discutir, para dialogar, para encontrar caminhos em todos os

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