Aes do Estado garantem mais segurana nos 463 anos de Salvador

Novo planejamento integra políticas de defesa social e enfrentamento às drogas

Salvador completa 463 anos nesta quinta-feira (29) com um inédito planejamento em segurança pública, que integra o setor políticas de defesa social e enfrentamento às drogas. O programa Pacto pela Vida, uma das mais importantes ações do governo estadual no combate à criminalidade, proporciona à população, além de policiamento comunitário, cursos de capacitação profissional, atendimentos na área da saúde, entre outras ações sociais.

A este trabalho somam-se o programa Ronda nos Bairros e a instalação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A primeira Base Comunitária de Segurança em Salvador, fundamental para o sucesso do Pacto pela Vida, foi instalada no bairro do Calabar há pouco mais de um ano e reduziu os homicídios na região em 90%.

No complexo do Nordeste de Amaralina, onde moram 15 mil pessoas, foram instaladas três bases e a redução dos homicídios foi de 45%. Este ano foi a vez do bairro de Fazenda Coutos receber o equipamento.

Sair sem medo

“Esta é a melhor coisa que vocês estão fazendo”, gritou Maria Ana, 49 anos, durante a inauguração da Base Comunitária de Segurança do Nordeste de Amaralina, em setembro do ano passado.

Naquela oportunidade, ela explicou o porquê de tanta alegria: “Isso vai acabar com a malandragem, com as mortes. Vai ter educação pra todo mundo, vamos poder sair sem medo e ficar até mais tarde sentados na porta de casa. Antes, há pouco tempo, a gente tinha que entrar correndo, com medo de receber uma bala perdida”.

No Calabar, Maria da Penha, 60 anos, não perdeu tempo. Ela se inscreveu no curso de cabeleireira oferecido na base. “Vamos garantir nossa vaga no mercado de trabalho e tirar mais pessoas da comunidade da situação de pobreza”. Em Fazenda Coutos, Josué dos Santos, 48 anos, foi com a mulher e filhos verificar a pressão arterial durante um dia de ações na área da saúde. “Estamos precisando principalmente de orientação. Aqui há muitos jovens. Os pais lutavam para ajudá-los, mas não conseguiam. Com a base, este desafio está sendo mais fácil”.

Adaptação

O capitão Elson Cristóvão Pereira, subcomandante da Base Comunitária de Segurança do Nordeste de Amaralina, confirmou a adaptação dos moradores ao equipamento. “Percebemos esta adaptação por meio das informações que recebemos das pessoas quando fazemos as visitações aos pontos pré-estabelecidos, pelos números do Disque Denúncia, que subsidiam nossas ações, e pela procura dos cursos que são ministrados nas próprias bases”.

Segundo Pereira, os resultados são sensíveis. “Quando saímos para fazer o policiamento com o radiopatrulhamento motorizado, somos bem-recebidos pela comunidade”. Ele disse que os PMs são bem-recebidos também quando fazem o trabalho a pé”.

A dinâmica social no Nordeste de Amaralina, antes das bases, era uma, e hoje é outra. Constatamos isso porque o número de pessoas, no final de semana, que procuram atividades de lazer nas ruas, como o dominó e o futebol, aumentou de maneira evidente”.

DHPP reúne o que há de mais moderno em investigação de homicídios

O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, afirmou que Salvador ganha muito com as bases de segurança, porque é um espaço principalmente de execução da cidadania para pessoas que estavam alheias à prestação ou à obtenção de qualquer serviço público. Ele creditou à instalação das bases, do programa Ronda nos Bairros e do DHPP, a redução, pela primeira vez nos últimos dez anos, dos índices de homicídios na capital baiana.

Barbosa disse que o DHPP foi um avanço considerável, porque centraliza as investigações, antigamente pulverizadas entre todas as delegacias. Segundo ele, hoje, o departamento realiza, com técnica específica, a investigação dos homicídios desde a cena do local do crime.

“Há preservação, coleta diferenciada de vestígios e técnica especializada, subsidiadas por tudo o que há de melhor em termos de procedimento e equipamento. Essa condição trouxe uma profissionalização na investigação, o que proporcionou o aumento da produtividade das equipes e a redução dos homicídios”.

Serviços sociais

“Temos um programa desenvolvido pelo governador Jaques Wagner nos últimos quatro anos, o ‘Ronda nos Bairros’, que contempla ações de policiamento comunitário”, disse o secretário. Para ele, a experiência é positiva principalmente no Subúrbio Ferroviário e em Tancredo Neves.

“Avançamos para outros bairros que compõem as áreas mais perigosas da nossa capital, trazendo a sensação de segurança, a redução dos índices de homicídios e promovendo a reaproximação da população com a nossa polícia”. De acordo com Barbosa, o que mais favorece a aproximação da polícia e da comunidade é a prestação dos serviços sociais.

“A segurança pública, depois de um determinado momento, fica invisível frente às consequências positivas dos serviços sociais. São exemplos disso a inclusão dos jovens em cursos de informática, a prestação de serviços de saúde, as campanhas contra o uso abusivo de substâncias entorpecentes e bebidas alcoólicas e a educação sexual de crianças e adolescentes”.

Carnaval registra índices reduzidos de ocorrências policiais

O secretário declarou ainda que a segurança realizada no Carnaval de Salvador também é eficiente. “O trabalho durante o evento, considerado a maior festa popular do planeta, é executado com o profissionalismo da Secretaria da Segurança Pública, especificamente das polícias Militar, Civil e Técnica, que conseguem fazer esta festa com mais de dois milhões de pessoas, com um reduzido número de ocorrências”.

Projetos para a segurança em grandes eventos, a exemplo da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, também já estão em andamento, segundo Maurício Barbosa. “Temos uma grande responsabilidade de realizar a execução desses eventos internacionais com toda a segurança. Para isso já estamos planejando e executando alguns projetos para entregar à população de Salvador, ao turista e àqueles que vêm curtir uma Copa de paz”.

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