O deputado estadual Zé Neto acompanha o cortejo da Procissão do Senhor Morto desde jovem. Para ele, o ritual inspira uma reflexão sobre o sofrimento
A tradicional procissão do Senhor Morto, rito católico que relembra o julgamento, o martírio, a morte e o sepultamento de Jesus Cristo, reuniu milhares de fiéis, na noite de sexta-feira (6). Ao som das matracas e dos cânticos de dor e lamentação, o cortejo saiu da Catedral Metropolitana de Feira de Santana por volta das 17h30 e percorreu as principais ruas e avenidas da cidade. Autoridades religiosas e políticas, a exemplo do deputado estadual Zé Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa, marcaram presença na celebração, que se configura como um dos mais importantes e belos rituais da Semana Santa.
Em uma demonstração de fé, crianças, jovens e adultos entoaram cantos de perdão e salvação durante a procissão. A multidão seguiu as imagens do Cristo morto e de Nossa Senhora das Dores. Maria Madalena e a Verônica, personagens bíblicas que tiveram intensa participação no episódio da paixão e morte de Cristo, também se fizeram representar por fieis da arquidiocese. Em vários trechos do percurso, a Verônica entoou cânticos de lamento pela morte de Jesus.
Na Casa de Saúde Santana, os fiéis oraram pela recuperação dos doentes. Em frente à Igreja Senhor dos Passos, o padre José Nery lembrou que Cristo foi vítima de uma traição, mas que morreu para nos salvar. O sacerdote protestou contra toda forma de deslealdade, crueldade, insensibilidade e violência, clamou ao Senhor Morto pela crucificação de todos os males que afligem a sociedade e pediu aos políticos que trabalhem em prol da melhoria das condições de vida da população.
No coreto da Catedral de Santana, o monsenhor Luiz Rodrigues saudou o deputado Zé Neto, a Irmã Rosa, pelas suas obras assistenciais, e demais presentes. O pároco salientou que o filho de Deus, na sua pobreza, na dor do martírio que o infligiram, nos atrai ética e moralmente porque nos identificamos e encontramos no Cristo crucificado. “Somos filhos do mesmo Deus, que se imola na cruz da existência”, lembrou.
Para o deputado Zé Neto, que desde muito jovem participa dos ritos católicos, “a Procissão do Senhor Morto encerra um sentimento muito forte de reflexão sobre o sofrimento e o significado desse sofrimento no Cristo. É um momento de compreensão da importância da espiritualidade na oração e do sentimento religioso como um norte na vida”, destacou.
No sermão de encerramento, o arcebispo Dom Itamar Vian clamou pela união entre os povos e ressaltou que durante a Semana Santa se renova o desejo de fortalecimento da fraternidade, da solidariedade cristã e dos sentimentos de fé, paz e amor.