Governo Dilma investe no reaproveitamento de poos artesianos na Bahia

Inclusão produtiva aliada ao enfrentamento dos efeitos da seca na Bahia  revela a preocupação do Governo Federal e do Governo da Bahia em oferecer infraestrutura para a zona rural

Na Bahia, um projeto de recuperação de poços artesianos pretende melhorar a qualidade de vida da população rural do semiárido. Com foco na oferta de água para pequenos rebanhos e o aproveitamento em hortas, o projeto é desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia, por meio da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos (CERB).

O MDA vai investir R$ 6 milhões na implantação do Programa de Aproveitamento de Poços de Baixa Vazão e/ou Salinizados por meio da compra de bombas e cataventos para retirada de água de poços com água salinizada. O líquido, impróprio para consumo humano, pode ser consumido por animais, evitando que eles morram devido à falta de água.

O secretário de Desenvolvimento Territorial, Jerônimo Rodrigues, diz que a proposta de inclusão produtiva aliada ao enfrentamento dos efeitos da seca, na Bahia, revela a preocupação do MDA, em conjunto com o governo do estado, de oferecer infraestrutura para o meio rural na intenção de suprir com água também os pequenos rebanhos. “No semiárido, quando não se tem água para a criação, os animais perdem peso e com isso o valor de venda baixa. A agricultura familiar tem prejuízo e os atravessadores se aproveitam da situação. É preciso cuidar da água para o consumo humano e também da água para os animais. É uma ação emergencial mas que extrapola esse momento de seca prolongada no estado. Com esse projeto cuidaremos do emergencial, mas também olhamos para ações futuras em relação ao semiárido”, explicou Jerônimo Rodrigues.

A assessora da Presidência da CERB, Neli Cerqueira, explicou que na região há poços de vazão insuficiente para atendimento das demandas ou com teores de sais e de outros elementos que tornam suas águas impróprias para consumo humano. Neli aponta que o projeto aproveita estes poços para outros usos, possibilitando a inserção de meios produtivos nas pequenas comunidades rurais. “Por isso a importância desse programa que aproveita poços já perfurados”, ressalta.

Sobre o Programa

A seleção dos poços utilizou como base o banco de dados da CERB, considerando os seguintes critérios de pré-inclusão: poços perfurados e não instalados nos últimos dez anos em todos os Territórios de Identidade do Estado da Bahia e poços com águas com teor de resíduos sólidos de até 7000 mg/l, em função do limite aceitável do gado bovino e de até 12000 mg/L para caprinos e ovinos.

O projeto vai implantar 280 poços já enquadrados nesta condição. Segundo estudos existentes e adotando-se o consumo médio de 5 litros por dia por animal, cada poço aproveitado poderá manter um rebanho de gado caprino de aproximadamente 250 cabeças.

O programa está dividido em três fases: visita técnica de identificação, implantação e transferência. “Além do MDA, o arranjo institucional prevê o envolvimento da CERB, que realizará intenso trabalho social de mobilização, implantará os equipamentos e capacitará comunidades; das prefeituras municipais, que serão parceiras; e das associações de usuários, que serão responsáveis pela futura operação e manutenção dos equipamentos”, conclui Bento Ribeiro, Diretor Presidente da CERB.

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