Audiência pública em Itaberaba discute extensão da Codevasf em defesa do rio Paraguaçu

Autoridades defendem projeto de lei que pretende criar uma superintendência da Codevasf na região do Paraguaçu

Para discutir a extensão da atuação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para o Rio Paraguaçu e as dificuldades encontradas pelo maior rio genuinamente baiano, o prefeito de Nova Redenção, Ivan Soares (PT), organizou uma audiência pública na manhã desta sexta feira (25), na Câmara Municipal de Itaberaba.

Compuseram a mesa de discusão Maria Amelia, diretora de Águas do INEMA (Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos); o deputado federal Afonso Florence (PT-BA), responsável pelo projeto de lei que versa sobre a revitalização do rio; Ivan Soares, o responsável pelo evento; o presidente da Câmara de Vereadores de Itaberaba, Ricardo Pimentel; o vereador Benedito Prado (PT); a prefeita de Barra de Estiva, Ana Lucia (PR) e o superintendente da Codevasf de Bom Jesus da Lapa, Lourival Gusmão. A assessora jurídica do deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto (PT), Andrea Mascarenhas, acompanhou as discussões.

PROJETO DE LEI

O deputado federal Afonso Florence (PT/Ba), que apresentou Projeto de Lei e Indicação à presidenta Dilma que pretende criar uma superintendência da Codevasf na região do Paraguaçu - lembrou que “a busca de soluções de gestão para políticas de saneamento é essencial”.

Segundo Ivan Soares, as autoridades dos municípios da Bacia do Paraguaçu pretendem mobilizar o Ministério da Integração, através da bancada da Bahia e da Câmara dos Deputados, para que aconteça o mesmo que ocorreu com os rios Itapecuru e Mearim e seja criada uma superintendência da Codevasf na região do Paraguaçu.

Para fortalecimento do “Movimento Paraguaçu Rio da Bahia” - como é chamada a luta pela aprovação de uma lei que altere a razão social da Codevasf para que ela passe a atuar na Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu - foi sugerido o recolhimento de assinaturas em cada município que compõe a Bacia do Paraguaçu como instrumento de pressão para o andamento do projeto, e posterior declaração documentada.

“A conscientização da população é pertinente num momento em que se precisa de entidades governamentais que possam desenvolver, sustentavelmente, mecanismos de combate ao que deteriora o rio. É preciso incorporar o movimento. Fazer o gol. E o gol é tornar realidade a extensão da Codevasf”, disse Ivan ao frisar a importância do rio não apenas para Itaberaba, mas para todo o estado.

Para Ricardo Pimentel “a maior dificuldade é em fiscalizar a degradação, pois nós não temos nenhum órgão que esteja diretamente ligado à fiscalização. Têm acontecido muitos problemas e o rio tem sido prejudicado na sua extensão”. O assoreamento do rio, dejetos, bancos de areia são alguns dos problemas, de acordo com ele.

“A recuperação do rio iria estender o uso de suas águas para irrigação, pecuária, produção de alimentos e empregos. Com o saneamento básico e a limpeza geral do rio, a incidência de doenças como dengue e leptospirose iria ser reduzida”, apontou Lourival Gusmão.

Lourival lembrou ainda o papel da Codevasf: direcionar investimentos públicos na construção de obras de infraestrutura. Uma de suas atuações é a coordenação de obras de recomposição de matas ciliares. A Codevasf investe, por exemplo, em arranjos produtivos locais (apicultura, avicultura, oleaginosas etc.) financiando e capacitando trabalhadores.

A assessoria da senadora Lídice da Mata; a assessoria do prefeito de Ipirá; vereadores de Itaberaba; professores do estado, representantes da Companhia Petrolífera (COPEBA); do Movimento dos Sem Terra (MST); da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA); do Banco do Brasil (BB); da Associação de Pescadores da Vila de São Vicente; do Conselho de Segurança Pública; o vereador João Barbosa (PRP); a coordenadora da secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos, Noemi Tolentino; e o prefeito da cidade de Wagner, Elter Bastos; ambientalistas, além de outras autoridades, também acompanharam as discussões.

PARAGUAÇU

O rio Paraguaçu é o maior rio baiano e tem enfrentado inúmeras dificuldades em virtude de assoreamento, dizimação das matas ciliares e despejo de dejetos, por exemplo. Para reverter esse quadro, ambientalistas apontaram o reflorestamento como solução, assim como o tratamento dos esgotos jogados em suas águas.

Ele nasce no município de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, e desemboca na Baía de Todos os Santos, entre os municípios de Maragogipe e Saubara, próximo a Salvador. Tem 614 km de extensão e banha várias cidades importantes do estado.

O rio responde pelo abastecimento de água de vários municípios, é muito procurado para pesca, passa por diversas áreas agrícolas, que são irrigadas por suas águas, e possui argila abundante para o artesanato de cerâmica. Além de gerar empregos, abastece as casas, irriga as plantações e sacia a sede dos animais.

Clique aqui e confira outras fotos da audiência.

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