Aeroporto de Feira de Santana ter voos regulares para So Paulo a partir de 2013

Texto publicado no jornal A Tarde em 17/06/12

Autoria: Juliana Dias (repórter  de A Tarde)

A partir de 2013, os baianos poderão utilizar o Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana, para voos comerciais e regulares, com capacidade de até 200 embarques por dia e linhas regulares para São Paulo e outras regiões do Estado.

O aumento das operações no Aeroporto João Durval Carneiro acontecerá por meio da disponibilização de jatos comerciais, com aeronaves Embraer-145 e ATR-42, ambas com capacidade para 50 passageiros. Serão quatro operações comerciais por dia e transporte aéreo para rotas como São Paulo e Porto Seguro. A novidade integra a primeira etapa da exploração do novo aeroporto de Feira de Santana, que ficará a cargo do Consórcio Aeroportos Bahia.

A expectativa é que, daqui a três anos, o aeroporto possa vir a dar apoio ao aeroporto da capital no deslocamento de passageiros. Como uma das empresas é uma concessionária do aeroporto de Campinas, em São Paulo, há interesse, segundo o presidente do grupo de trabalho de desenvolvimento aeroportuário da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), Denisson de Oliveira, que o terminal de Feira de Santana sirva como uma alternativa para embarque de turistas que chegam para visitar o Estado e transportes de cargas.

As empresas Sinart (atual administradora dos aeroportos de Porto Seguro, Lençóis e Teixeira de Freitas) e UTC Participações (sócia no consórcio que arrematou o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo), que formam o Consórcio Aeroportos Bahia, informaram, por meio de assessoria, que só irão se pronunciar sobre as obras e projetos do aeroporto quando o contrato de concessão for assinado, o que ocorrerá em 30 dias.

Obras

De acordo com edital da concessão do aeroporto, que tem prazo de 25 anos, as intervenções da primeira etapa deverão estar finalizadas em até seis meses após assinatura do contrato. A empresa terá três anos para apresentar o plano de investimento, com alcance até 2030. A estimativa é que as obras, incluindo ampliação do terminal de passageiros, consumirão investimentos da ordem de R$ 60 milhões.

Entre as intervenções a serem realizadas estão a requalificação do terminal de passageiros, a ampliação do serviço contra incêndio, a instalação de equipamento básico de comunicação, criação de uma pista exclusiva para transporte de cargas e requalificação da iluminação do pátio de aeronaves. O governo estadual aplicará ainda cerca de R$ 3 milhões para a construção da nova cerca patrimonial e disponibilização de um veículo contra incêndios.

Hoje, o aeroporto de Feira é considerado um aeródromo, ou seja, atende a pequenas aeronaves, sem serviço comercial ou regular. No Estado, apenas seis aeroportos operam com voos regulares, destes, quatro estão sob a administração do governo do Estado e os demais sob a administração da Infraero. “Quando o aeroporto de Feira atingir oito mil embarques por mês, a concessionária deverá ampliar as intervenções para atender a demanda”, acrescenta o presidente do grupo de trabalho do Seinfra, Denisson de Oliveira.

Estado irá arcar com a desapropriação de 150 famílias

Para a ampliação e reforma do aeroporto de Feira de Santana, uma área de 300 hectares será desapropriada. O Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba) ficará responsável pela desapropriação e indenização de 150 famílias que residem na área. Em nota, enviada pela assessoria de comunicação, o órgão afirma que “o processo de desapropriação está em curso e ainda não está definido o valor da indenização que depende da conclusão dos levantamentos”. A previsão de retirada das famílias é de 12 meses após a assinatura do contrato.

Lideranças do trade turístico e do setor de transportes de cargas têm a expectativa de que o novo aeroporto amplie a oferta de serviços e movimente a economia da região. “Hoje uma das coisas que estamos apostando é no turismo rural. Esse aeroporto irá beneficiar esse segmento e os turistas que querem conhecer outras regiões do Estado. Temos a certeza de que a demanda corresponderá às expectativas”, disse Pedro Glavão, presidente da Agência Brasileira das Agências de Viagens na Bahia (Abav-BA).

Cargas

Para o segmento de transporte de cargas, a reforma e ampliação do novo aeroporto representa a elevação e melhoria do setor aeroportuário brasileiro. “Esperamos que esse empreendimento reflita a adequada ampliação e modernização do aeroporto de Feira de Santana, aumentando a sua capacidade para atendera às crescentes demandas do setor aéreo”, diz o presidente da Associação Brasileira de Logística e  Transporte de Cargas (ABTC), Newton Gibson.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas da Bahia (Setceb), Antonio Siqueira, um aeroporto com capacidade para a movimentação de cargas vai reforçar a vocação logística de Feira de Santana. “Feira é uma cidade que tem um comércio forte, uma indústria forte e em expansão, além de ser um importante pólo de convergência na região”, destaca.

A expectativa é que a cidade atraia um grande volume de cargas de bens de consumo e movimente produtos dos pólos logísticos que estão sendo instalados na cidade. Do ponto de vista da operação de cargas, o desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária na cidade vai ajudar a desafogar a demanda, que hoje é concentrada em Salvador. “Hoje, tudo precisa passar pela BR-324. Com o aeroporto em Feira, o processo de desenvolvimento da região será acelerado”.    

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