O município de Conceição do Coité sediará o I Encontro do Sisal, que vai ocorrer em julho deste ano. A decisão aconteceu em reunião na Secretaria da Agricultura, na manhã de quinta-feira, 12 de junho, com o objetivo de discutir a Cadeia Produtiva do Sisal.
Participaram da audiência o secretário Geraldo Simões; o representante do empresariado da região sisaleira, Gilberto Gonçalves de Araújo; o superintendente da Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio; o vice-presidente do PT de Coité, Aroldo Portugal de Santana; o diretor da Empresa Gráfica da Bahia, Hélio Carneiro; o ex-deputado federal Emiliano José e o deputado estadual Zé Neto.
O evento tem o objetivo de integrar produtores do sisal com os novos investimentos do governo para o setor, além de discutir as perspectivas para a Cadeia do Sisal. A data do encontro ainda não está definida, mas acontecerá no mês de julho. "Será um grande Encontro Baiano de Produtores do Sisal, com a presença do Governo do Estado, Secretaria da Agricultura, Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração e algumas instituições e órgãos, como por exemplo, a Embrapa", enfatiza o deputado Zé Neto.
Zé Neto ainda acrescenta que na reunião sobre a Cadeia Produtiva do Sisal, foram discutidos alguns pontos que precisam ser debatidos no encontro: a infra-estrutura (água, energia, estrada, tecnologia, e área física) para a criação de um Pólo do Sisal; recuperação e verticalização da produção de sisal, implantação do Centro Tecnológico da Região, modernização e proteção do trabalho e financiamento.
CADEIA DO SISAL
De acordo com dados da Seagri, a Cadeia Produtiva do Sisal gera 700 mil empregos na Região Nordeste, que possui 35 mil propriedades de Agricultura Familiar. A Bahia se destaca pela maior produção de sisal e os municípios baianos que produzem em maior quantidade são: Conceição do Coité, Campo Formoso, Valente, e Retirolândia.
Atualmente, 62% da utilização do sisal é destinada à fabricação de cabos e cordas. Uma das discussões gira em torno do desenvolvimento de um projeto que altere a dinâmica da utilização do sisal. "Deveríamos ir além de cordas, cabos e artesanato, podemos diversificar o uso do sisal para outras coisas", avalia o secretário Geraldo Simões.
Além disso, existem problemas relacionados à Cadeia Produtiva que precisam ser combatidos, como, por exemplo, o preço com ciclo de declínio e o aumento da Podridão Vermelha.
PROGRAMA
A Secretaria da Agricultura está implantando na região sisaleira - com um território de
Estado vem desenvolvendo no último ano. A expectativa é que todas as secretarias sejam englobadas nesse projeto, com o objetivo de impulsionar a Cadeia Produtiva do Sisal.
Na reunião foram apresentadas medidas de combate aos problemas que atrapalham o desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Sisal, como a revitalização do serviço de assistência familiar, revitalização dos campos, viabilidade de crédito rural para manter as lavouras, prevenção da Podridão Vermelha, criação e fortalecimento das cooperativas, apoio às iniciativas coletivas de beneficiamento da produção e a pesquisa de novas opções de consórcios produtivos e variedades ajustadas às demandas de mercado.
"Este projeto é importante pela quantidade de municípios baianos que participam desta iniciativa, pela cultura que será implantada no estado, sem contar que casa bem com as condições climáticas da Bahia, mas precisamos explorar mais áreas para aumentar as vendas do produto", diz Geraldo Simões.
Segundo Ailton Florêncio, existe uma preocupação da secretaria em fazer com que mais pessoas sejam beneficiadas com este programa e com as vantagens dessa cultura. "A pauta que os dirigentes trouxeram combina com os interesses do Governo do Estado, que significa incluir cada vez mais trabalhadores e trabalhadoras, no processo produtivo, gerando renda e inclusão social para todos", ressalta.
Ailton diz que as ações deste programa de melhoramento da cadeia produtiva do sisal já estão em curso. "A Adab está com ações de campo voltadas para prevenir a Podridão Vermelha, a Ebda está tratando da assistência técnica de prospecção relacionada ao crédito. A relação com as organizações sociais está em curso no sentido de ampliar a assistência técnica aos agricultores que produzem Sisal, a ação da SECTI prospectando parcerias para a área de pesquisa. A Embrapa já instalou na região, este ano, um escritório na área de pesquisa da Podridão Vermelha, dentre outras ações", completa.