O endividamento dos Agricultores Familiares e a apresentação do programa do governo federal, Mais Alimentos, foram os assuntos tratados no seminário realizado pela Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Secretaria de Agricultura e movimentos sociais. O evento aconteceu na manhã desta terça-feira, 05 de agosto, no Centro de Treinamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).
Foram convidados para o debate o superintendente da Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura, Ailton Florêncio; o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário – Bahia – Lourival Gusmão; o representante do Banco do Nordeste – Fortaleza – Luiz Sérgio; o diretor executivo da Ebda, Hugo Pereira de Jesus e o diretor do departamento de Financiamento e Proteção da Produção SAF/MDA, João Luiz Guadagnin.
De acordo com Lourival Gusmão, até o final de setembro a discussão feita no seminário será levada para vários municipios baianos, levando informação sobre o novo programa para agricultores familiares. “Além de tentar buscar soluções para renegociar as dívidas dos agricultores, nós vamos levar informações sobre o Mais Alimento, realizando em cada cidade, o Dia da Agricultura Familiar”, diz.
O diretor do departamento de Financiamento e Proteção da Produção SAF/MDA, João Luiz Guadagnin e Luiz Sérgio, representante do Banco do Nordeste foram os palestrantes. Após as apresentações, foi aberto o debate para o esclarecimento das dúvidas.
O deputado estadual Zé Neto, que participou do evento, diz que esta é mais uma forma de fortalecer a Agricultura Familiar no estado. “Há uma ampliação de recursos por parte do governo federal, a oferta de crédito com juros mais baixos para a agricultura familiar subiu de R$ 12 bilhões no ano passado para R$ 13 bilhões neste ano. O governo do estado segue o mesmo caminho. Esse debate é importante e deve nortear, o mais rápido possível, uma ação concreta na assitência técnica que deve ser dada ao pequeno produtor, bem como, melhorar o nível de informação para que possamos ampliar os negócios que estão sendo realizados”, pontua.
MAIS ALIMENTOS
O Programa Mais Alimentos visa fortalecer a agricultura familiar e tentar frear a aumento elevado dos preços dos alimentos. Para isso, o programa, que será implementado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, pretende alcançar a meta de 18 milhões de toneladas em excedente de produção até 2010, principalmente em leite, milho, feijão, arroz, mandioca, trigo, aves, café, frutas, arroz e cebola.
Atualmente, a agricultura familiar responde por 56% do leite, 67% do feijão, 89% da mandioca, 70% dos frangos e 75% da cebola produzidos no país. Ao todo, 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são produzidos pela agricultura familiar. Para reforçar o setor, o governo criará linha de crédito de até R$ 100 mil. A expectativa é atender um milhão de produtores até 2010.
O Programa Mais Alimentos também pretende ampliar a capacidade de armazenamento das propriedades e cooperativas e incentivar a mecanização em massa nas propriedades familiares. A meta é colocar mais 60 mil tratores e outros implementos agrícolas a serviço dos produtores. A assistência técnica também será implementada, com aumento dos investimentos em sementes, melhoramento de pastagens e genética animal.