Rendimento do trabalhador tem alta de 35% em 10 anos na Bahia

Este crescimento foi maior que o visto para o rendimento médio no Brasil, que foi de aproximadamente 20%

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou nesta segunda-feira (21) o boletim especial Mercado de Trabalho, elaborado a partir dos microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), analisando as principais mudanças no mercado de trabalho baiano ocorridas entre 2001 e 2011.

O Boletim mostra que, em termos gerais, o mercado de trabalho na Bahia apresentou uma evolução positiva entre 2001 e 2011, sendo observado no período: crescimento da ocupação; redução da taxa de desemprego; crescimento da renda real do trabalho; redução da informalidade; maior participação das mulheres no mercado de trabalho; elevação da escolaridade do trabalhador, dentre outros.

Em 2001, a maior parte da população ocupada na Bahia tinha entre 0 a 3 anos de estudo, com 44,6% do total de trabalhadores. Este grupo, em 2011, representava 27,4% do total de ocupados, uma redução significativa nos 10 anos em análise. Em 2006 a maior proporção era de trabalhadores com 4 a 10 anos de estudo, 39,6%; e, em 2011, era o grupo com 11 anos ou mais de estudo que ocupava a maior parte das vagas no mercado de trabalho baiano, 37,2%. Este grupo correspondia a somente 19,7% dos ocupados em 2001, revelando uma importante mudança estrutural no perfil do trabalhador baiano.

Contudo, Armando Castro, diretor de Pesquisas da SEI, pondera o resultado: “uma vez que a renda do grupo mais escolarizado diminuiu em termos reais, inferimos que a demanda por trabalho qualificado não acompanhou o crescimento da sua oferta no período. Este fato revela a necessidade de o estado da Bahia fomentar setores mais complexos, com tecnologia que exija mão de obra mais qualificada”.

Com relação aos setores da economia que abarcaram o crescimento do contingente de empregados, destacam-se os resultados de Comércio, Agricultura e Serviços. O primeiro teve crescimento de 5,4 p.p. na participação da ocupação na década, os demais redução de 11 p.p. e 4,1 p.p, respectivamente. Os três se mantêm como os setores com maior participação de empregos no estado. No caso da Agricultura, a pesquisa registra tendência à diminuição da participação do setor.

O rendimento médio do trabalho principal na Bahia teve um crescimento real de aproximadamente 35% entre os anos de 2001 e 2011, passando de R$ 659 para R$ 887, a preços de setembro de 2011. Este crescimento foi maior que o visto para o rendimento médio no Brasil, que foi de aproximadamente 20%.

Pode-se ressaltar a aceleração desse processo na Bahia nos últimos cinco anos de análise, sendo que o rendimento médio real do trabalho principal que cresceu 8,4% entre 2001 e 2006, cresceu 24,3% entre 2006 e 2011. A informalidade no mercado de trabalho baiano também diminui na década, passando de 71,3% para 66,1%.

Para Armando Castro, diretor de Pesquisas da SEI, as políticas de renda e de mercado de trabalho possuem um peso significativo sobre as mudanças positivas no período analisado: “de forma direta, as contínuas elevações do salário mínimo, em termos reais, e a ampliação da renda das populações mais pobres, através de transferência de renda, e, de forma indireta, toda política de aquecimento do mercado interno, cujos efeitos conjuntos se traduzem na expansão da classe média e no aumento da renda, podem ser referendadas como atuações de governo com impacto substancial sobre o mercado de trabalho brasileiro e baiano”.

Para conhecer a pesquisa na íntegra acesse o site da SEI www.sei.ba.gov.br, na seção Estudos Populacionais, PNAD 2011, ou clique aqui.

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