Instituto contará com 155 leitos e vai contar com atendimento de urgência e emergência e assistência ambulatorial
O Consórcio Couto Maia, formado pelas empresas MRM e SM Gestão Hospitalar, será o responsável pela administração do Instituto Couto Maia. A proposta financeira apresentada para a gestão condominial da unidade hospitalar foi de R$ 42 milhões anuais. O valor apresentado pelo consórcio estava estimado no edital de licitação, realizada nesta quinta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo
O hospital será construído em Salvador e é a segunda unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) a utilizar o modelo de gestão Parceria Público Privada (PPP). O primeiro foi o Hospital do Subúrbio.
A assinatura do contrato de concessão acontece em março e a previsão é que as obras sejam iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano, sendo concluída em 2014. A estimativa é que a empresa vencedora invista R$ 97,3 milhões para a construção da unidade e para a aquisição dos equipamentos. As novas instalações do Instituto Couto Maia serão erguidas em Águas Claras, onde hoje funciona o Hospital Dom Rodrigo de Menezes.
O consórcio vencedor ficará responsável pela construção do hospital, pela manutenção predial e dos equipamentos, pela segurança, limpeza, higienização e fornecimento de alimento para os médicos e funcionários. “Para nós é um desafio esse tipo de investimento. Mas analisamos todas as possibilidades e aceitamos esse novo eixo de trabalho”, afirmou Emanuel Vasconcelos, representante do consórcio Couto Maia.
Estrutura
O Instituto contará com 155 leitos (sendo 30 de UTI) e será especializado em doenças infecciosas e parasitárias. Entre as doenças que podem ser tratadas na unidade hospitalar estão: hanseníase, meningite e leptospirose. Outro objetivo é tornar o novo Couto Maia um centro de referência internacional em pesquisa no campo de doenças infecciosas.
De acordo com o secretário da Saúde, Jorge Solla, o Governo do Estado vai ser responsável pela disponibilização da equipe médica, grande parte composta por profissionais que trabalham no atual Hospital Couto Maia e do Dom Rodrigo de Menezes, qualificados no tratamento de doenças infecciosas.
O Instituto vai contar com atendimento de urgência e emergência e assistência ambulatorial. Nele, será implantado serviço de apoio diagnóstico; com equipamentos de radiologia; ultrassonografia; tomografia computadorizada; endoscopia digestiva; eletrocardiografia; eletroencefalografia. Também haverá centro cirúrgico; ampliação do CRIE (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais); implantação de Agência Transfusional; Serviço de Reabilitação; modernização e Implantação de Serviços de logística. O projeto também prevê a construção do memorial Couto Maia e Dom Rodrigues de Menezes.
Fim do leprosário
O secretário Jorge Solla considera o encerramento das atividades do Hospital Dom Rodrigo de Menezes um resultado extremamente positivo para a saúde pública. “Não cabe mais na sociedade atual um leprosário. A modalidade de atendimento à pessoa com hanseníase é ambulatorial dentro dos serviços, como qualquer outra doença infecciosa”, afirmou o secretário.