Autor: deputado Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia
O Carnaval da Bahia se não tivesse o povo nas ruas, os artistas populares, a música negra, a baianidade nagô com irreverência própria e a nossa baianidade e diversidade cultural, com certeza não faria o sucesso que faz, nem representaria a explosão de espontaneidade magia e beleza que representa no mundo.
Pensando assim, o governo do Estado investiu mais de R$ 60 milhões no carnaval da Bahia, destinando cerca de R$ 30 milhões para a Cultura e o Turismo. Na semana passada vimos estas duas secretarias estaduais (Cultura e o Turismo), no hotel Fiesta, em Salvador, apresentando o planejamento e a destinação desses investimentos que vão desde o Carnaval no Pelourinho, com 41 atrações selecionadas por chamadas públicas, passando pelo Carnaval Pipoca, que terá mais de 100 horas de música de diversas matizes, entre elas o rap, o samba, reggae, rock, MPB, dentre outros.
Os investimentos passam também pelo Palco do Rock, em Salvador, e manutenção dos mascarados e caretas, principalmente no interior do Estado, em cidades como Mata de São João, Porto Seguro, Lapão, Rio de Contas e Maragojipe, além de um importante investimento em guias e monitores capacitados para passar informações para os foliões no carnaval da Bahia, em até 12 idiomas. Essas ações, por certo, demonstra que, além de importante investimento na Saúde e na Segurança Pública nesta que, em verdade, é a maior movimentação militar em tempo de paz no mundo, estamos evoluindo cada dia mais na infraestrutura logística e profissionalização do Carnaval.
A fala de Carlinhos Brown e de Paulinho Boca de Cantor durante homenagem do Governo do Estado aos artistas que fazem o Carnaval, no Hotel Fiesta, na semana passada, aponta bem o quanto precisamos nos valorizar enquanto manifestação cultural, econômica e social, e o quanto é importante, diria por demais importante, cuidar da “galinha dos ovos de ouro”. E esta galinha, afirmou Paulinho naquele evento, “é o Carnaval do nosso povo. O Carnaval é do povo e é esse Carnaval que o governo do Estado está olhando e deixa a gente feliz”.
Para tanto, cabe ao poder público, principalmente municipal e estadual, avançar no tratamento do sentimento popular que deve pulsar em cada canto do Estado, alimentando e dando vitalidade a essa festa, que não deve ser apenas empresarial, mas, sobretudo, ser emana do povo baiano.
Viva a Bahia da diversidade! Viva a todos os movimentos sociais e culturais que fazem o Carnaval e a sua essência, a todos nós! E que aqueles que pensam em manipular o Carnaval e dele só ganhar dinheiro, procurem entender as mensagens que vem das ruas. Nós, do Governo Wagner, já chegamos entendendo e estamos seguindo nesse caminho.