Para o líder do governo na Assembleia Legislativa, “este é, sem nenhuma dúvida, um dos projetos mais importantes de nosso Estado”
Transparência, clareza e democracia. Estes são alguns dos elementos que levaram o secretário Estadual do Planejamento, José Sérgio Gabrielli, à Assembleia Legislativa do Estado, na manhã desta terça-feira (26), atendendo convite da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo na Casa das Leis, para discutir a Ponte Salvador-Itaparica, que vai beneficiar os territórios do Recôncavo, Baixo Sul, Vale do Jiquiriçá e Litoral Sul e encurtar o tempo de viagem entre vinte e quatro municípios e Salvador.
A ponte Salvador-Itaparica tem previsão de início em 2014 e conclusão em 2018. O equipamento - que terá aproximadamente 12 km e intervenções com investimentos estimados em até R$ 7 bilhões - vai incentivar a atração de novas indústrias para a região e dar mais eficiência logística e integração com os portos da Bahia de Todos-os-Santos.
Infraestrutura básica, logística, atração de empresas, saúde, educação, cultura, lazer turismo, trabalho e renda, fizeram parte do debate entre o secretário, os deputados estaduais e representantes da sociedade civil organizada, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Bahia e da Associação Comercial de Salvador.
Durante a apresentação do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Macro Área de Influência da Ponte Salvador-Itaparica, Gabrielli voltou a afirmar que este projeto “é parte de um plano de desenvolvimento, ambientalmente responsável, que deve impulsionar o crescimento de várias regiões do Estado e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas”.
Segundo o secretário, este plano compreende o Sistema viário abrindo conexão rápida e alternativa de Salvador com Recôncavo, Baixo Sul, Sul e Oeste. Assim, o projeto prevê a reconfiguração urbana na Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo e Baixo Sul; avaliação da mobilidade na RMS; Consolidação da Baía de Todos-os-Santos como complexo industrial e portuário e criação de novo polo industrial e logístico no Recôncavo, a partir de São Roque, por exemplo.
“A Ponte Salvador-Itaparica é um grande desafio não apenas para o Governo, mas para a Bahia, apontando uma forma de expandir a metrópole, além de impulsionar o desenvolvimento econômico do Estado. Temos mais que convicção que esse é um passo audacioso que Bahia, com certeza, tem toda condição de dar”, frisou o líder do governo na ALBA, deputado Zé Neto (PT).
O parlamentar também lembrou o momento democrático vivido na Bahia. “Pela primeira vez em nosso Estado temos projetos, com este da Ponte, com tamanha magnitude, sendo tratados de forma democrática e ouvindo a todos, parlamentares, fóruns municipais, estaduais e a sociedade civil organizada. Este é, sem nenhuma dúvida, um dos projetos mais importantes de nosso Estado”, sinalizou Zé Neto.
Intervenções
A construção da Ponte - parte de um projeto de desenvolvimento socioeconômico, que é o Sistema Viário Oeste (SVO) - prevê diversas intervenções no sistema viário da região, a exemplo da qualificação do trecho entre Castro Alves e BRs; construção de trecho entre Santo Antônio de Jesus e Castro Alves, qualificação do trecho da BA-001 entre Nazaré e Santo Antônio de Jesus; e da duplicação da BA-001, em Vera Cruz, incluindo a ponte do funil.
Cronograma
No primeiro trimestre de 2014 será lançado o edital para concessão da ponte Salvador-Itaparica. Assim, o Governo do Estado, por meio da Seplan, elaborou um cronograma de ações para este ano, que inclui a publicação de editais para contratação de estudos de engenharia e de impactos ambientais, bem como um plano de atração de indústrias aliado a uma estratégia de desenvolvimento social.
De acordo com o secretário, a publicação de editais para contratação de estudos urbanísticos, de impacto ambiental, e projeto de engenharia deve acontecer até março de 2014. Os estudos técnicos devem ser iniciados entre julho e dezembro de 2013; as diretrizes urbanísticas devem acontecer entre julho e outubro deste ano; o projeto de engenharia entre agosto a dezembro de 2013; a obtenção da licença-prévia entre os meses de outubro de 2013 e março de 2014 e o edital de concessão de dezembro de 2013 a março de 2014.
Tempo para construção
O tempo de construção da ponte, de acordo com Gabrielli é de aproximadamente 48 meses.
Escolha da consultoria McKinsey
Gabrielli destacou que a escolha da consultoria McKinsey foi objeto de extensa análise, que durou quase seis meses, entre técnicos da Secretaria do Planejamento e Desenbahia, que avaliaram a capacidade técnica de várias consultorias. A contratação por inexigibilidade, de acordo com o secretário, teve parecer favorável da Procuradoria Geral do Estado (PGE) devido a notória especialização da empresa e a singularidade do projeto.
Ele apontou que a McKinsey já foi contrata por diversos órgãos e entidades públicas de forma direta, a exemplo da Prefeitura do Rio de Janeiro, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Governo do Estado de Minas Gerais e BNDES, além ter histórico de projetos de alto impacto para o setor público no mundo e no Brasil com vasta experiência em projetos de desenvolvimento urbano, infraestrutura e imobiliário, pesquisas, publicações e iniciativas de geração e disseminação de conhecimento nos temas relevantes ao projeto.
Clique aqui e confira outras fotos.