Ainda nesta terça-feira (18), os reitores Adélia Pinheiro (Uesc) e José Carlos (Uefs) reuniram-se com o secretário Estadual da Educação para tratar dos pontos discutidos nesta audiência
Estudantes, professores, reitores, técnicos e deputados participaram, nesta terça-feira (28), de audiência pública para discutir as Universidades Estaduais baianas. A atividade - promovida pela Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa da Bahia -, em Salvador, teve como principais pontos de pauta a autonomia universitária e a assistência estudantil.
“Durante muito tempo este tema não foi pauta para Assembleia Legislativa nem este foi espaço para este tipo de discussão. Hoje temos esta receptividade, temos 5% dos royalties do petróleo para a educação e temos que continuar avançando”, apontou o diretor de Comunicação da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Onã Ruda.
Para o deputado Zé Raimundo (PT), que já lecionou, “o papel fundamental do parlamento é contribuir para a reflexão e a interlocução entre o governo do Estado e as representações. Não podemos pensar a Bahia sem as universidades estaduais e por isso o governo do Estado está atento ao tema”.
“Ampliamos em torno de 108% os recursos das quatro universidades estaduais baianas (UNEB, UESC, UEFS, UESB)”, disse o líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Zé Neto ao afirmar que a intenção do Governo Wagner é fazer com que as UEBAS tenham autonomia total dos seus recursos para garantir uma gestão cada vez mais democrática e participativa. “Estamos dispostos ao diálogo e vamos fazer o máximo para que o mesmo aconteça”, completou.
Reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Adélia Pinheiro disse que a dificuldade maior das universidades é a autonomia. Segundo ela, sua limitação gera entraves, por exemplo, na realização de intervenções na estrutura física das universidades. Ela também apresentou um dado importante.
“As universidades estaduais respondem por 54% das matrículas públicas na educação superior de nosso estado. As Universidadea Estaduais estão presentes em 26 (dos 27) territórios de identidade. Para 50 mil matrículas públicas, 34 mil destas correspondem a estudantes procedentes da rede da educação básica pública. O papel de capilaridade do ensino superior e a missão de uma instituição universitária historicamente foi e é cumprido por universidades estaduais”, disse Adélia.
“Fico muito feliz com a informação da reitora Adélia. Isso mostra que a educação superior na Bahia não está sendo privatizada, como apregoam”, observou o vice-presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA), Sérgio Guerra.
Para o presidente da comissão, o deputado Álvaro Gomes a reunião foi positiva. “Considero a audiência exitosa. A autonomia universitária precisa ser debatida, discutida e esta comissão fica à disposição para outros debates a respeito desta temática”.
Ainda nesta terça-feira (18), os reitores Adélia Pinheiro (Uesc) e José Carlos (Universidade Estadual de Feira de Santana) reuniram-se com o secretário Estadual da Educação, Oswaldo Barreto, para tratar dos pontos discutidos nesta audiência.
Presentes
Também participaram do evento os deputados Rosemberg Pinto (PT), Capitão Tadeu (PSB), Aderbal Caldas (PP); o reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), José Carlos; representante do Fórum das ADES, Josemar Almeida; representante dos técnico-administrativos, Roquínea Silva; o Diretório Central dos Estudantes (DCE), representado por Cleiton Galvão; o coordenador do Fórum da Associação de Docentes das universidades do Estado (ANDES), Jean Santana; Zózina Almeida, uma das diretoras da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb); e membros do Movimento dos Docentes.
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