ARTIGO: Boatos, manobras, mentiras e um hospital que precisa de novos conceitos

Por Zé Neto (deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia)
 
Na última semana, um boato sobre o fim do Bolsa Família levou muitas pessoas às agências da Caixa para sacar o benefício, causando tumulto, sem qualquer necessidade, em várias cidades do Brasil. Mesmo sem ciência da origem dos rumores, uma coisa é certa: a desinformação foi fator determinante para a confusão generalizada Brasil afora.
 
Uma das cidades prejudicadas foi Feira de Santana, onde várias pessoas foram pegas de surpresas com a fofoca.
 
Usando o caso como exemplo, quero comentar outro boato que também tem preocupado alguns cidadãos feirenses, qual seja, o de que haverá demissões em massa no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) por conta do processo de publicização da unidade.
 
Sem surpresas, ou seja, com tempo de sobra para explicar o processo, enfatizo: as mudanças virão apenas para melhorar a prestação do serviço em saúde.
 
O governo dá todas as garantias aos funcionários de que não haverá perda de direitos.
 
Nós estamos com uma decisão clara de que é preciso mudar o panorama administrativo do hospital, dando a ele mais autonomia. Ela pode vir ou por meio da Organização Social e publicização ou transformando-o em universitário, com gestão da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
 
Então, são duas movimentações que, no nosso ponto de vista, suprem as necessidades do hospital no tocante à sua administração. É claro que desejo que seja um hospital universitário. No entanto, qualquer gestão hoje, vinda de um hospital universitário, vai contratar terceirizados, pessoas de Organização Social ou da Fundação – profissionais que vão ajudar na sua gestão.
 
Um hospital universitário que é modelo na Bahia é o Ana Nery. Gerido pela Universidade Federal da Bahia, ele conta ainda com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (Fapex).
 
A questão é que nós precisamos identificar qual é a dinâmica e qual é o interesse desse dilema. O mais importante é deixarmos clara a garantia de que não há nenhum risco para os funcionários públicos, aliás, tanto não há que agora estamos, por solicitação do próprio Ministério Público, trabalhando no sentido de que haja a contratação de pessoal da Fundação Estatal da Saúde, substituindo a Fundação José Silveira, que tinha contratação terceirizada.
 
Tem gente que está fazendo política partidária e isso macula por demais a discussão. Nós queremos debater e um exemplo disso é que já fizemos cinco audiências públicas. Os funcionários públicos sempre tiveram o nosso respeito e isso não mudou e nem vai mudar.
 
Mais uma vez, ratifico que os funcionários não terão prejuízos. Eles estão recebendo os maiores aumentos da história da saúde na Bahia. Nunca houve tanto aumento de melhorias na evolução de carreira, bem como no diálogo com o Governo como nos últimos seis anos, e é fácil provar isso estatisticamente. Sei que o salário ainda não é o ideal e queremos mais, contudo, hoje, os funcionários reconhecem que o salário que se paga nos hospitais privados é muito menor, comparado aos valores praticados pelo Governo.
 
Para concluir, afirmo que vamos aumentar os serviços do Clériston, trabalhando com metas crescentes. É falácia dizer que haverá redução de atendimento. Ao contrário: vamos ampliá-lo. Além disso, vamos construir um hospital novo com seis andares e duas torres; entregaremos a UPA que está sendo construída ao lado do Clériston até o fim do ano; e mais: quero dar garantia aos funcionários de que com relação à publicização ou transformação da unidade em hospital universitário nada vai ser feito sem antes o edital ser levado ao conhecimento e consulta pública, para que todos possam indicar pontos de melhoria e ter pleno conhecimento dos termos.
 
Não temos nada a esconder e apenas o que pretendemos é aprimorar e ampliar o atendimento no maior hospital público do interior da Bahia. O debate continua...

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