Nos próximos dias, o líder do governo vai à Brasília para buscar acordo com a Emgea
Mais um importante passo para a renegociação do pagamento das dívidas por parte de ocupantes de unidades habitacionais adquiridas junto à Caixa Econômica Federal em Feira de Santana foi dado na manhã desta quarta-feira (12), quando o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto (PT), reuniu-se com a Superintendência da CAIXA, em Salvador.
Considerando diálogo “bastante avançado”, o deputado conversou com o gerente regional de Habitação da CAIXA em Feira de Santana, Gilberto Reis, os superintendentes em Salvador, Jorge Monteiro e Faez, além da advogada Jamille Santana, e Rui Guimarães, da Empresa Gestora de Ativos (Emgea).
O próximo passo, conforme Zé Neto, será receber informações da Caixa acerca dos preços das unidades de diversos conjuntos habitacionais, a exemplo de Feira VII, Feira IX, Oyama Figueiredo e outros, e buscar, juntos às associações, uma contraproposta.
Como o prazo final estabelecido pelo Ministério Público Federal para quitação das dívidas pelos mutuários era junho do ano passado, nos próximos dias, o parlamentar vai à Emgea, em Brasília, para, juntamente com técnicos desta instituição, fazer uma proposição aos imóveis que já estão na Empresa.
Segundo Gilberto Reis, devem ser feitas propostas de quitação individualizadas. “Os adimplentes podem ter desconto de 100% das prestações a vencer. Já os inadimplentes podem ter até 80% de desconto nas prestações vencidas, inclusive com dispensa de juros, e 100% nas prestações a vencer”, informou.
“A inadimplência por parte de mutuário e moradores de conjuntos habitacionais na cidade, em grande parte, já foi resolvida. Há 24 anos, havia um caos que chegou a seu limite quando foi constatada em Feira de Santana 21 mil imóveis em atraso e aptos a terem ordens de despejos executadas. Atualmente, pouco mais de um mil se encontra em situação irregular, os demais todos foram renegociados ou quitados efetivamente”,.
No caso do Feira VII, por exemplo, composto de 1.600 imóveis, apenas 144 deles estão com problemas de inadimplência, entretanto, estas pendências já estão sendo discutidas entre o Ministério Público Federal - contando com acompanhamento do mandato do deputado Zé Neto - junto à Caixa Econômica Federal. A expectativa é que esse processo seja concluído após o diálogo com a Emgea. O Feira VII deve servir de modelo para outros conjuntos habitacionais na retomada da negociação.