ARTIGO: Uma reflexo sobre a falta de mdicos no Brasil e a quem interessa essa crise

*Por Zé Neto
 
É preciso colocar os dedos na ferida sobre a questão da falta de médicos no Brasil: urge dividir responsabilidades, superar o corporativismo e, principalmente, atacar as aves de rapina, às quais interessa essa crise entre os profissionais da saúde e o Governo. É preciso, especialmente, entender que esse país não é só litoral. E quem não concorda com o Governo – o que não deixa de ser legítimo, pois toca em muitos interesses –, deve dizer o que fazer com a falta de médicos no interior e nas periferias das grandes cidades. Qual a proposta viável? Pergunto mais: como fica Chorrochó, Crisópolis, Feira da Mata e outros tantos municípios Bahia e Brasil afora que não têm médico pra consultar uma criança com diarréia? Temos que acabar com isso!
 
Respeito muito os médicos, pois são fundamentais, indispensáveis para o desenvolvimento do nosso país, e têm papel insubstituível na melhoria das condições humanas. Porém, devem admitir que jamais tiveram tanto reconhecimento por parte do Governo, tanto crescimento de oportunidades como vimos aqui no Brasil, e na Bahia não foi diferente. Aqui, triplicamos o número de UTIs, construímos cinco novos hospitais de grande porte, mais de 500 Postos de Saúde da Família no interior, e os médicos hoje contam com o melhor Plano de Carreira da história, com quase 300% de ganhos reais (acima da inflação)! Além disso, têm acesso permanente a todas as estruturas de Governo, ao secretário Jorge Solla, a mim, que sou Líder do Governo, e sou aberto a todas as categorias... Não podemos olhar só para o umbigo. Temos que compartilhar dificuldades também. 
 
E essa história de falta de estrutura também não cola! Até temos dificuldades pontuais e sabemos disso, mas dizer que não estamos enfrentando seria algo temeroso (pra não dizer injusto), porque quem está no dia a dia do Estado sabe como era e onde estamos atualmente. Passos seguros foram dados, e se os médicos colaborarem um pouquinho mais vamos conseguir consolidar, especialmente no interior, polos de atenção médica e de saúde que haverão de crescer e viabilizar ainda mais condições para o desenvolvimento da cadeia do setor de Saúde. 
 
O interior precisa de atenção básica (de baixa e média complexidades) e, no geral, estrutura para isso nós temos. No mais, a outra ponta do problema não tem nada a ver com essa polêmica com os médicos, que eu acho inclusive prestes a ser resolvida – e vamos sair com eles mais fortes do que entramos dessa tensão. 
Agora, não podemos deixar de enxergar o que as aves de rapina dessa falsa elite – que pensa que representa os interesses da elite mundial, que quer o Brasil falando fino com os americanos – quer fazer deste problema. É importante destacar que os mesmos que derrubaram a CPMF, um imposto que não chegava a 9% da população e que gerava mais de R$ 40 bilhões para a área social e de saúde (que estão muito vinculadas) anualmente, fizeram coro com a grande mídia pra derrubar o imposto (que eles mesmos criaram!) e tornar isso uma dificuldade na gestão da saúde e, por extensão, governabilidade de Lula, então presidente. Esses, com certeza, sonham dia e noite em voltar ao poder central e retirar "O Gigante" da sólida caminhada onde hoje se encontra, tanto internamente quanto para o mundo, e nos empurrar numa retomada da mísera condição de subalternos aos interesses que nos escravizaram por 500 anos. 
 
Aos médicos, vamos buscar um eixo e que, dessa crise, encontremos mais compartilhamento. Aqui fica a esperança no sentido de convocação. Aos opositores do nosso projeto – aos inconscientes e, especialmente, aos conscientes –, não se enganem: somos como cana de açúcar, que quanto mais espremida, mais açúcar, mais doçura e mais vitalidade dá ao povo. 
 
Não se esqueçam dessa trajetória de dificuldades que já duram 33 anos, e que o nosso partido, o qual carrega Trabalho no sobrenome, tem sido exemplo de superação e de fidelidade aos ideais mais legítimos e necessários ao povo brasileiro. E não me venham com a velha história de que “ah, o PT errou”. Errou, sim, em muitos aspectos, mas que eu me lembre, em todas as instituições – das igrejas às associações, nos mecanismos todos da sociedade –, onde houver um humano, haverá um erro... Mas, como bem disse Lula, em conversa com Fidel Castro, não é isso que a elite não gosta na gente; ela não gosta é pelo que nós fizemos de certo nesse nosso Brasil.
 
* Zé Neto é advogado e está deputado estadual e Líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia.

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