Em entrevista ao radialista R. Amaral, deputado disse que decisão é com a SEI; Limites do bairro Fraternidade também foram abordados pelo parlamentar
O deputado estadual Zé Neto (PT), líder da maioria na Assembleia Legislativa, concedeu entrevista ao Programa R. Amaral, da Rádio São Gonçalo, e falou sobre diversos temas, entre eles, o seu não posicionamento quanto aos méritos das cidades de Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos diante das questões relativas ao Centro de Distribuição da Boticário (CD).
Segundo o parlamentar, as duas cidades sempre tiveram dificuldades quantos aos limites territoriais, e esse impasse gera problemas para as comunidades do entorno. “Na época de campanha, visitei a região de conflitos, ali, no bairro Fraternidade. Alguns condomínios foram sendo construídos sem os limites estarem bem esclarecidos para a população, que por vezes, não sabe a quem recorrer. Se liga para a Polícia de Feira, é avisada que a demanda deve ser passada para São Gonçalo, e o contrário também acontece”, disse.
Zé Neto aproveitou a oportunidade para esclarecer sobre o objetivo inicial da reunião, solicitada por ofício, com a Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos (SEI), marcada para o próximo dia 19 (segunda-feira), no Centro de Atendimento ao Feirense (Ceaf). “Nós solicitamos à SEI para decidir a questão do bairro Fraternidade, para decidir a qual cidade o bairro pertence”, pontuou, salientando que a discussão quanto ao CD do Boticário surgiu de forma paralela e que cabia à SEI fazer os encaminhamentos governamentais e chamar os municípios para o diálogo.
“Minha cidade é Feira e tenho respeito e reconheço a importância de São Gonçalo, mas não vou me posicionar quanto ao mérito das cidades em relação ao CD, e posso garantir que o Governo também está isento dessa posição. Cabe à SEI, que é um órgão independente, reunir os municípios e tomar as decisões necessárias”, esclareceu.
Investimentos na “Cidade dos Jardins”
Segundo o deputado, o município de São Gonçalo recebeu investimentos importantes do Governo do Estado em vários momentos, especialmente na ampliação do Centro Industrial do Subaé (CIS), trâmites do qual participou diretamente.
Zé Neto e a Cadeia Produtiva do Frango
Perguntado pelo radialista R. Amaral sobre sua atuação junto à situação da Associação dos Integrados, Zé Neto pontuou que várias reuniões têm sido feitas com a Cadeia Produtiva do Frango, debatendo sempre as questões relativas à produção e comercialização.
“Participei da criação da Associação dos Integrados e, desde então, lá se vão mais de dez anos construindo debates com a Avipal, Perdigão e agora com a empresa JBS. Eu estive com o superintendente da JBS e com diversos representantes da cadeia do frango para conversarmos sobre o problema grave que está acontecendo na Bahia. O milho mais caro do país está sendo o daqui e isso tem dificultado a produção, pois gera um custo alto e perde na competitividade com as empresas de fora”, lamentou.
Outro problema pontuado pelo líder do governo no Legislativo estadual é a taxação do óleo utilizado na ração. “Nós estamos tirando essa taxação para melhorar o preço e ser distribuído adequadamente para que a gente tenha mais competitividade e o preço caia”, colocou.