Em posse de integrantes da Comisso da Verdade na Bahia, Z Neto destaca importncia do resgate histrico para a democracia

"Não se constrói a democracia escondendo a verdade, e a verdade tem que vir à tona", afirmou o deputado, referindo-se ao período da Ditadura Militar na Bahia
 
Os integrantes da Comissão da Verdade do Estado da Bahia foram empossados na manhã desta terça-feira (20), pelo governador Jaques Wagner, em solenidade bastante concorrida no Salão de Atos da Governadoria, no CAB, em Salvador.
 
Com o objetivo de auxiliar a Comissão Nacional da Verdade, o grupo no âmbito estadual irá apurar e esclarecer as violações de direitos humanos praticadas no período de 1946 a 1988, a fim de contribuir com a efetivação do direito à memória e à verdade histórica e com a promoção da reconciliação nacional.
 
O deputado estadual Zé Neto, líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, compareceu à cerimônia, que contou com as presenças de familiares de pessoas perseguidas (entre elas, mortos e desaparecidos) nos anos de chumbo na Bahia. Ele parabenizou o governador Jaques Wagner pela iniciativa de promover o resgate histórico. "O governador sabe que não se constrói a democracia escondendo a verdade, jogando ela para debaixo do tapete... É louvável a iniciativa, afinal, ainda há muitos pais, mães, filhos que até hoje não sabem que fim tiveram seus entes, ou onde eles se encontram. A verdade tem que vir à tona. Um povo sem memória é um povo sem história", afirmou Zé Neto.
 
Ainda de acordo com o líder do governo, "se antes a tirania podia impedir a verdade de circular livremente, hoje esse medo não existe mais, e o Governo Wagner, ciente da importância desse resgate histórico, especialmente para as novas gerações, que não passaram por isso, cria esta comissão. A ideia não é promover uma caça às bruxas, mas sim uma caça à verdade histórica; o que se quer é trazer à luz episódios obscuros da nossa história, em nome da memória e do desejo de que essas situações não se repitam no nosso país", disse Zé Neto, antes de ser abraçado pelo escritor Emiliano José, com quem esteve em Brasília recentemente no lançamento do livro "Galeria F – Lembranças do Mar Cinzento (IV) – Golpe. Tortura. Verdade" (ver aqui).
 
Em sua fala, o governador destacou a disposição do grupo para a realização do trabalho e a importância histórica que a comissão terá. "Sabemos que essas ações não trazem as pessoas de volta, mas é fundamental que essa história seja contada, afinal, a democracia não foi sempre presente em nosso país", afirmou Wagner.
 
Integram a Comissão da Verdade na Bahia: a educadora e ex-deputada Amabília Almeida; o presidente da Associação Bahiana de Imprensa e do jornal Tribuna da Bahia, Antônio Walter Pinheiro; o jornalista Carlos Navarro Filho; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil da UFBA, Dulce Tamara Lamego Silva e Aquino; o advogado Jackson Chaves de Azevedo; o professor Joviniano Neto, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais da Bahia; e a advogada Vera Leonelli, fundadora e coordenadora da ONG Juspopuli - Escritório de Direitos Humanos.

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