"Nossa meta é chegar, através do programa Mais Médicos, ao menos a 2,7 médicos por mil habitantes”, disse Solla
Discutir sobre o Programa Mais Médicos, que faz parte das ações do governo federal para melhorar o atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse foi o objetivo de Audiência Pública realizada, nesta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa da Bahia, pelo deputado Alan Sanches (PSD)com apoio da Comissão de Saúde e Saneamento da Casa, presidida pelo deputado José de Arimatéia (PRB).
Na oportunidade, o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, fez uma apresentação do programa, destacando a importância da importação de profissionais de medicina de outros países já que, hoje, há 1,8 médicos por mil habitantes no Brasil e reiterou que a iniciativa representa avanços a curto e médio prazos para uma parcela expressiva da população brasileira que ainda não é bem assistida de serviços médicos.
“Nossa meta é chegar, através do programa Mais Médicos, ao menos a 2,7 médicos por mil habitantes. Já houve um aumento de 72,3% do número de equipamentos investidos nos últimos cinco anos o que, consequentemente, elevou o número de serviços e vagas, mas é necessário que haja também o aumento do números de profissionais qualificados para atender a população do Brasil”, enfatizou.
Conforme conteúdo apresentado pelo secretário, nos últimos seis anos, a produção ambulatorial na rede do Estado da Bahia teve aumento de mais de 97%. Mais de 270 municípios baianos estão sendo contempladas com 568 Unidades Básicas de Saúde (USB), além da construção de mais cinco hospitais no E stado, com a criação de 1.218 novos leitos.
"Já foram investidos pelos governos federal e estadual, na Atenção Básica, entre construção, reformas e ampliações, mais de R$ 518 milhões, na qualificação das UBS's. Todo brasileiro tem direito a Atenção Básica e, sem médico, não há como fazê-la. A população não tem que continuar sem assistência”,disse Solla.
A superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Gisélia Santana, frisou que a fixação e interiorização de médicos é responsabilidade e meta do governo. “O Mais Médicos é uma medida emergencial para contemplar todos os brasileiros, especialmente os que estão sem nenhum tipo de atendimento médico, como é o caso dos indígenas, além dos milhares de baianos que vivem na região do semiárido”.
Gisélia também ressaltou a necessidade de melhorar a gestão na distribuição dos médicos. “Tem médicos que dividem um plantão de 24 horas com mais três profissionais, ou seja, o médico trabalha apenas seis horas por plantão. Na Bahia e no Brasil, existem unidades públicas de saúde que foram construídas e equipadas, mas que estão sem médicos. Isso precisa ser modificado”.
Presentes
A audiência contou também com a participação do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, (Cremeb), José Abelardo Garcia de Meneses; presidente da Associação Bahiana de Medicina (ABM), Antonio Carlos Vieira Lopes; e representantes de universidades, estudantes dos cursos de medicina e da classe médica na Bahia.
Conheça mais detalhes sobre o programa Mais Médicos, acessando o facebook do deputado Zé Neto, através do endereço eletrônico: