Artigo de Z Neto: A Feira de Santana negra e sertaneja e sua vocao para crescer

E de repente Feira de Santana chega aos 180 anos com o vigor de uma Princesinha, cheia de sonhos, de espaço para crescer e com desafios imensos de uma cidade grande que não perdeu, em muita coisa, o encanto de cidade pequena. Feira, uma cidade onde as pessoas ainda se conhecem, onde o núcleo continua, mesmo que guardado com seu cheiro de gado, de poeira e de água, com suas lagoas e currais silenciosos, engendrando os pulos iniciados com a feira livre que tanto impulsionou o nosso desenvolvimento.

Lembro da Feira na minha infância, a Feira do coreto da Matriz, da disputa entre as Filarmônicas Euterpe Feirense, Vitória e 25 de Março. Como também lembro, muito nitidamente, da Caminhada do Fogaréu, da procissão dos homens, quando a cidade ficava apagada para que os homens com suas tochas iluminassem com cultura e fé a noite antecedente a Sexta-Feira da Paixão.

A Feira de Santana de Chico Pinto, que representava sua fala em defesa das liberdades pensando no horizonte e desenvolvimento à frente do nosso tempo. A Feira de Santana do Colégio Assis Chateaubriand, aonde fiz meu ginásio e estudei até o primeiro ano do segundo grau, tendo me formado na Escola Técnica Áureo Filho, no curso de edificações. Eu estudei primeiro na Escola Ubaldina Régis, onde fiz meu primário tendo sido alfabetizado pela professora Diva.

Lembro quando a Santa Mônica era apenas um bairro iniciando sua caminhada com ruas totalmente sem calçamento e de uma distância que parecia mais outra cidade. Lembro dessa Feira do jogo de bola na Matriz, lá no Batalhão de Polícia, quando aquele prédio, que hoje está abandonado, ainda representava a autoridade da cidade e os meninos, muito bem protegidos, tinham um espaço não só para jogo de bola, mas para disciplina tão necessária à infância.

A Feira de Padre Galvão, do qual fui coroinha. A Feira da feira livre, que tanto representou os aspectos culturais na evolução do nosso comércio. A cidade inquieta, com um fulgor de crescer que não se explica, pois sempre sua força de trabalho é maior do que qualquer crise. De 2009 para cá, enquanto muitos reclamam de crise financeira, vivemos, talvez, um dos melhores momentos da nossa história com um crescimento que chega a 8% ao ano.

Então é essa cidade que faz 180 anos, com os grandes desafios dos vetores de desenvolvimento que precisam ser criados. Com a Avenida Nóide Cerqueira - que logo será a grande novidade de ligamento entre a Getúlio Vargas e a BR-324, tão sobrecarregada especialmente nesse período de construção da duplicação do contorno para a BR-116 Sul. A Feira de Santana do novo Hospital da Criança. A Feira de Santana que logo terá oncologia e cardiologia infantil. A Feira de Santana que pulou de 30% para 85% da cobertura em esgoto.

A Feira de Santana da logística, que acaba de receber a importante notícia, colocando nosso município entre as cidades brasileiras que mais receberão aporte para rede ferroviária. Ao todo serão quatro novas redes ferroviárias ligando Feira de Santana a Salvador, a Pernambuco e a Minas Gerais. Sem contar a pujança comercial que continua de vento em popa.

É essa Feira de Santana que também enfrenta os desafios da segurança, da saúde, da educação, do enfrentamento às drogas, que afeta diretamente essas três áreas. Essa é a nossa Princesa, que vive um instante de afirmação e que precisa a cada dia estar mais consciente desses tantos desafios, mas, principalmente, sabendo da sua força, grandeza, pujança e da sua capacidade de crescer.

Fica aqui a nossa alegria em poder fazer parte dessa construção, não só na política, mas, principalmente, como cidadão feirense que nasceu no Hospital Dom Pedro de Alcântara, se criou no Marajó e que todo dia aprende o quanto é fundamental colocar qualquer interesse político abaixo dos interesses fundamentais para o crescimento da nossa Feira de Santana.

Que não nos esqueçamos de comemorar, seguros de que os chocalhos das boiadas que outrora passaram por cá deixaram em nossas almas a força de sertanejos e não nos permitiu deixar de lado o quanto somos negros, o quanto somos fortes.

Viva Feira! 180 anos de muita grandeza!

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