Evento na UPB nesta segunda-feira iniciou encaminhamento dos profissionais aos municípios; médicos já credenciados pela CRM já podem começar a atender
Após o período de adaptação, os 59 profissionais do programa Mais Médicos, do governo federal, indicados para atuarem na Bahia, começam a ser conduzidos às cidades que irão trabalhar. O evento, em que simbolicamente os médicos receberam o jaleco personalizado do Programa, aconteceu na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB) nesta segunda-feira e contou com a presença de prefeitos, parlamentares e secretários.
Do total de médicos que a Bahia recebeu, 57 deles atuarão no interior do estado em unidades de Saúde da Família já existentes, com infraestrutura adequada e equipe de enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários e até odontólogos em algumas delas, segundo afirmou o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, durante coletiva de imprensa. Hoje, Solla acompanha as comitivas que vão para os municípios de Araci e Tucano. Dois médicos estrangeiros atenderão na capital.
São estrangeiros 56 médicos, que precisam ser credenciados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) para atuarem na Bahia. A Sesab divulgou que 30 deles já estão em situação regular para iniciar o atendimento. “Os que ainda não foram credenciados já tiveram, quase em sua totalidade, as pendências resolvidas e deverão ser credenciados em breve, mas, enquanto isso, nada impede que já visitem às unidades, se reúnam e conheçam as equipes. Só não podem realizar atividades clínicas”, esclarece Solla. A Bahia é o estado que emitiu, até o momento, o maior número de registros provisórios para os médicos.
Na última sexta-feira, os médicos concluíram a etapa de adaptação, em que receberam informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), os municípios onde vão atuar e conhecimentos da língua portuguesa. Na UPB, estiveram presentes os prefeitos de Central, Cansanção, Nova Soure, Tucano, Itiúba e Jeremoabo, que já foram apresentados aos médicos que atuarão na cidade que administra.
Para o prefeito de Central, Uilson Monteiro (PT), a chegada dos médicos reforçam a atenção básica à saúde. “O Mais Médicos está ajudando os municípios mais carentes de profissionais médicos. Em Central, passamos um bom tempo sem médico de PSF (Saúde da Família). Agora teremos melhor qualidade na saúde do município, haja vista que esse programa dará ao município a possibilidade de trabalhar a medicina preventiva”, avalia Monteiro. A princípio, dois médicos devem começar as atividades em Central, porém, cinco já foram cadastrados para atenderem a população local, de 18 mil habitantes.