Artigo: O Planserv que tnhamos e o Planserv que temos. preciso reconhecer os avanos

Paciência na estrada é fundamental para construir a caminhada
 
Estou recordando muito bem do período que passamos, cerca de três anos atrás, quando  resolvemos fazer com que o Planserv (plano de saúde do funcionalismo estadual) fosse modernizado no ponto de vista administrativo, e me lembro exatamente das dificuldades enfrentadas para convencer a opinião pública - diria mais, a opinião publicada - e as entidades sindicais e organizações dos trabalhadores, dos servidores públicos, que, naquele momento, em boa parte, ficaram contra o projeto que previa a reestruturação do plano e aplicação da co-participação. Aliás, é bom lembrar que a co-participação já era um instrumento usado por todos os grandes planos do Brasil. E o Planserv perdia, em média,  R$ 8 milhões por mês para o que vinha ocorrendo em função de mau uso ou uso inadequado do cartão do plano e dos seus serviços.
 
Estou lembrando desse assunto porque, como líder do governo, sofri um desgaste grande naquele momento, mas persisti para seguir em frente com a aprovação daquele projeto, porque sabia exatamente que o que estava acontecendo com o Planserv ia, sem  nenhuma dúvida, levar o plano à sua falência.
 
Um plano que nós vimos, nos últimos anos, ter uma evolução extraordinária em seus números. Saímos em 2007 de, aproximadamente, 900 prestadores para atualmente estarmos (e à época estávamos próximos) a 1.500 prestadores. Um aumento de 40% em cinco anos!
 
Vale lembrar também que, à época da aprovação, o Governo já havia consolidado números que eram extraordinários. Tínhamos ampliado atendimentos, prestação de serviços e também recursos. Para se ter uma noção do que estou dizendo, saímos de um investimento no Planserv, em saúde, da ordem de cerca de R$ 35 milhões para, aproximadamente, R$ 80 milhões/mês, sendo que hoje já há mais investimentos mensais.
 
Os pagamentos do Planserv que eram feitos em 2006 levavam em torno de 60 a 90 dias e, atualmente, estão entre 20 e 30 dias, no máximo, tudo de forma tranquila e segura. A desprecarização e a organização, bem como a regularização do atendimento, foi um fato fundamental, já que não tínhamos editais, não tínhamos nenhum marco legal para contratação de prestadores (clínicas, hospitais etc.). Atualmente, o Planserv é superavitário, muito diferente da pré-falência que encontramos. Hoje, todos os contratos são oriundos de editais e de um processo legal extremamente transparente, visível e tecnicamente adequado.
 
Com a aprovação do projeto do Governo, demos um passo decisivo no controle dos gastos e das despesas desnecessárias, principalmente. O Planserv deixou de perder recursos mensalmente para garantir superávits e controle financeiro de seus custos, o que deu estabilidade para o plano, e a segurança de que não entraríamos mais no campo de risco que possibilitasse a sua extinção. O Governo, assim, passou a investir mais no Planserv, e passou a ter instrumentos importantes para a garantia do uso adequado do plano.
 
A biometria, por exemplo, em 2011, rendeu ao Planserv em torno de R$ 14 milhões em glosas e controles adequados. Recursos que voltaram para a rede melhorando tecnologia e atendimento e ampliando o número de profissionais que prestam serviços de saúde aos servidores do Estado.
 
As filas foram reduzidas. Os serviços, do ponto de vista da diversificação, foram ampliados. E hoje o Planserv já conta com 470 mil vidas passando a ser, nesse momento, o maior plano de saúde do Norte e Nordeste, figurando ainda entre os três maiores do país em sua ordem, se tornando um plano sólido, equilibrado e atrativo. Tão atrativo que os editais estão sobrecarregados de prestadores que esperam serem contemplados e buscam ao máximo a contratação do plano para garantir as suas prestações. Um plano que hoje é conhecido em todo país pelo seu sucesso, e que ainda há de crescer.
 
Agora, é bom olhar para trás e ver que algumas medidas tomadas no início do Governo e criticadas por muitos agora são abraçadas, entendidas e defendidas por aqueles que fazem com que o Planserv seja exitoso. Foi o que aconteceu quando tomamos a iniciativa de utilizar medicamentos genéricos em até 80% dos casos que tinham substituição possível, e depois, quando passamos a fazer controle de uso de materiais.
 
Assim, fica mais uma vez a lição de que em determinados momentos nós não devemos ter outro objetivo senão de servir melhor. E se não conseguirmos passar em determinado instante, a importância de atitudes como as que foram tomadas no Planserv, com a maturidade com a qual foi tomada, evidentemente que não estaremos preparados para a vida pública. É como estarmos dentro de casa, cuidando de nossa família. Em determinados momentos, sabemos o que é melhor para a família, mas nem sempre os filhos entendem, nem sempre a esposa entende, e nós temos que ter consciência e seguir em frente porque foi isso que fizemos e hoje pudemos comemorar com cada servidor público que, com certeza, hoje reconhece um plano mais seguro, com mais qualidade, e que ainda tem muito a ser construído.
 
Não estou dizendo que está 100%. Nós estamos sempre procurando melhorar, mas com certeza, entre o que encontramos e onde estamos, há uma diferença enorme. Vale ressaltar ainda que, pelo menos nos últimos dois anos, tem sido frequente a Agência Nacional de Saúde (ANS) bloquear atendimentos de planos considerados grandes, principalmente na Bahia, algo que não aconteceu em nenhum momento com o Planserv, em função da qualidade do seu atendimento. Vamos continuar a seguir em frente, mas fica a lição.
 
Por fim, listo algumas das principais conquistas dos servidores que utilizam o Planserv:
 
* É assegurado ao ex-empregado aposentado que contribui pelo prazo mínimo de 10 (dez) anos o direito de manter sua condição de beneficiário do Planserv;
* Recentemente se integrou a estes ganhos a empresa Bahia Farma (Fundação de Direito Privado), no qual os benefícios do Planserv se estenderão aos seus empregados;
* Acréscimos de mais de 100% das despesas com a assistência desde 2006;
* Inclusão de mais de 50 mil netos de servidores no plano;
* Procedimentos autorizados: 98 mil/mês (quase 80 mil referem-se à autorização automática);
* Consultas eletivas: 123 mil/mês;
* Emergência: 45 mil/mês;
* Exames: 945 mil/mês;
* Internações (hospitalar e hospital dia): 6,1 mil/mês;
* Consultas nos programas de Endocrinopatia e Pediatria: 5,7 mil/mês e 4,7 mil/mês, respectivamente;
* Serviço Call Center: mais de 35 mil ligações/mês;
* Posto de Atendimento Planserv no SAC: 6,5 mil/mês;
* Ouvidoria: 540 registros/mês, com 100% de resolubilidade.
 
* Zé Neto é deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia.

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