“Eu não deixei ninguém sem trabalhar, eu ocupei um espaço vazio. Aqui não tinha médico”, disse o médico cubano Isoel Gomez ao retornar às atividades no PSF do Viveiros hoje (25)

Médico cubano Isoel Gomez sobre críticas ao Mais Médicos. Ele foi afastado de suas atividades após ser acusado de receitar uma alta dosagem de dipirona a uma criança que estava com febre

Na manhã desta segunda-feira (25), o médico cubano Isoel Gomez voltou a trabalhar no Posto de Saúde da Família do bairro Viveiros, em Feira de Santana. O médico foi recebido pelos moradores do bairro com cartazes, mensagens de apoio e solidariedade.

O médico falou do seu sentimento ao voltar a trabalhar na unidade de saúde nesta manhã. “É uma satisfação muito grande. Eu vim para cá para atender a população e fiquei muito triste quando aconteceu todo esse mal entendido. Graças a Deus tudo ficou claro e isso serve de experiência para ter mais cuidado. Eu já gostava do Brasil e agora gosto muito mais, por ter encontrado a unidade de portas abertas para me receber. E com toda essa polêmica recebi muitas ligações para mim mostrando apoio e confiança no meu trabalho. Eu me sinto competente no exercício da minha função”, disse o doutor Isoel que já tem 16 anos de profissão.

A mãe da criança de 1 ano e 2 meses, Gilmara dos Santos, disse estar muito feliz com o fato da justiça ter sido feita. “Ele voltou a trabalhar para atender a gente e agora é só alegria. Desejo que essa recepção para os médicos cubanos seja em todo Brasil por que a maioria dos médicos mal olha para a nossa cara, não nos atendem bem. E quando chega uma pessoa que atende a gente eles querem tirar. Estou muito feliz por que a justiça foi feita”, disse.

Entenda o caso

O médico cubano Isoel Gomez Molina foi afastado de suas atividades após ser acusado de receitar uma alta dosagem de dipirona a uma criança que estava com febre. A mãe da criança, Gilmara dos Santos confirmou em entrevistas que o profissional explicou corretamente a quantidade de gotas da substância que a criança deveria tomar, orientando-a sobre o fracionamento, mas se equivocou ao prescrever a dosagem na receita.

A comissão apurou que as 40 gotas indicadas não eram para ser ministradas em dose única, mas divididas em quatro vezes, a cada seis horas, como consta na receita, desde que a criança sentisse dor ou apresentasse um quadro febril, e explicou detalhadamente à mãe da criança que seriam dez gotas, apenas, por vez.

Os moradores da localidade entregaram um abaixo-assinado de 12 páginas para que o médico voltasse a trabalhar.

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